Goleiro Sidão admite culpa em gols e má fase da defesa do São Paulo
Por Tiago Salazar
20/02/2017 às 16:05
São Paulo, SP
“Com certeza é conjunto, porém, a gente analisa os gols. Eu digo que tem dois gols que nós tomamos na minha conta. Tenho ciência disso”, contou, para ser mais específico em seguida. “O que eu analiso, o gol da Ponte, o primeiro. Erro técnica, bola rápida. E o (gol) do Santos. Dava para eu ter cortado ali, foi uma bola rápida também, mas é começo de temporada. A gente vai melhorar muito. Você vai ver”, comentou o jogador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda.
“Creio que estou fazendo um bom trabalho, mas eu me cobro para que eu melhore muito. Tenho trabalhado bastante, apesar do pouco tempo para treinar. Um jogo atrás do outro, a gente tem que aprimorar praticamente durante os jogos”, completou.
Chama atenção as recorrentes titubeadas de Sidão ao trabalhar com os pés. Depois de se destacar no Osasco Audax de Fernando Diniz ano passado justamente porque, além de fazer boas defesas, também conseguiu participar bem com os pés do toque de boa da equipe, só neste Campeonato Paulista Sidão já ‘entregou’ duas bolas, contra Santos e Mirassol, que não resultaram em gols dos adversários graças aos seus companheiros, que conseguiram salvar os lances.
“Não tem nada a ver com pressão. Começo de temporada, quatro jogos ainda, eu sei da capacidade que eu tenho de jogar com os pés, mas não só por isso o Rogério pediu minha contratação. Também pelo que eu fiz no Botafogo e no Audax. Começo de trabalho ainda. A gente tem muito para melhorar”, disse, em tom de autodefesa.
Quando questionado sobre todo o setor defensivo e não só apenas sobre sua função, o goleiro tricolor também elegeu o fato do time ter feito poucos jogos como justificativa para tantos gols sofridos. Enquanto ostenta o melhor ataque com 12 gols em quatro jogos no Paulistão, o São Paulo tem problemas atrás. São nove gols sofridos no mesmo período, o que lhe garante a segunda pior defesa da competição até aqui.
“Começo de temporada. Erros são constantes nesse começo, não só no São Paulo, mas em qualquer equipe. É um time que não prima pelo chutão, por ficar marcando e vencer por 1 a 0. Nossa proposta é jogar para cima, fazer gols. Obviamente sobra espaço”, explicou, antes de refutar qualquer déficit físico dos jogadores.
“Jogamos em cima do adversário. Não vejo que a questão física tenha atrapalhado nos jogos. O Rogério tem feito alguns rodízios, o pessoal está entrando e dando conta do recado. Não tem muito dessa parte física, não”.
De qualquer forma, Sidão se mostrou muito tranquilo e otimista durante toda a entrevista. Apesar do tropeço dolorido diante do Mirassol no Morumbi, o clube ainda curte parte da sensação boa por ter batido Ponte Preta e Santos de forma contundente nas duas rodadas anteriores.
“(A zaga) está sofrendo mais do que deveria por conta disso, adaptação ao trabalho que está sendo feito, mas tenho certeza que esses números vão diminuir, vão cair ao longo da competição”, concluiu o experiente atleta de 34 anos.