Executivo justifica ter saído do São Paulo por "valores pessoais" - Gazeta Esportiva
Executivo justifica ter saído do São Paulo por "valores pessoais"

Executivo justifica ter saído do São Paulo por "valores pessoais"

Gazeta Esportiva

Por Tossiro Neto

27/05/2015 às 16:34

São Paulo, SP


A despedida de Gustavo Vieira dos jogadores e da comissão técnica do São Paulo se deu na tarde desta quarta-feira, no início do treino da equipe, no CT da Barra Funda. Em seguida, o executivo justificou sua saída do clube em rápida conversa com a imprensa. Disse ele não compactuar com novos rumos que a diretoria teria estabelecido para o futebol.


"Fui informado de que o futebol terá novos rumos. Rumos esses dos quais não me vejo parte. Por valores pessoais que preservo, carrego comigo e serão mantidos", disse o agora ex-gerente executivo de futebol do clube, sem revelar quais seriam as mudanças apresentadas pelo presidente Carlos Miguel Aidar. "O projeto que vem a ser conduzido pelo São Paulo, como não sou parte, não me sinto à vontade, nem sou a pessoa certa para informá-los".


"Rumos, ciclos que o futebol tem e que me foram postos em ambiente interno. Eu os recebi, entendi. Dessa forma, com o ciclo que foi sinalizado, não me vejo parte. Não me vendo parte, não faz sentido participar da guerra. Em guerra que não faz sentido, a gente fraqueja. Prefiro terminar minha história, julgo, bonita, pessoalmente prazerosa, por aqui", acrescentou.


Gustavo Vieira (dir) teve a contratação de Juan Carlos Osório como último projeto dentro do São Paulo
Gustavo Vieira (dir) teve a contratação de Juan Carlos Osório como último projeto dentro do São Paulo - Credito: Djalma Vassão/Gazeta Press


A contratação do técnico Juan Carlos Osorio foi, portanto, o último projeto do qual ele participou. O colombiano de 53 anos foi uma indicação sua ao vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, para o qual fazia o elo entre a diretoria e o elenco de jogadores e também atuava na busca por reforços. Ele, no entanto, não esteve diretamente nas negociações em Medellín.


"Fui apoiador. Foi um processo longo. Acredito muito nesse treinador, é uma aposta. Acho que São Paulo faz decisão correta nesse sentido. Espero que tenha sucesso, tem competência, qualidade, conhecimento, tem um grupo preparado para recebê-los, uma equipe de profissionais de altíssima qualidade", elogiou.


Gustavo estava na mira de Aidar há muito tempo por ser um dos remanescentes da gestão de Juvenal Juvêncio, de quem se tornou inimigo político depois de sucedê-lo. Antes de assumir a gerência do futebol, ele prestava serviço jurídico ao clube, na condição de sócio do escritório de advocacia chefiado por José Carlos Manssur, ex-assessor do mandatário anterior.


Também integrante do escritório, o advogado Carlos Ambiel já havia deixado de defender o São Paulo, em meio a ataques de Manssur (um dos principais expoentes da oposição) a Aidar, no Conselho Deliberativo do clube. Gustavo se manteve por mais tempo no cargo por ter o trabalho elogiado não apenas por Ataíde, mas por todos da diretoria de futebol. Outro fator que o segurava no clube era o técnico Muricy Ramalho.

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