Apesar dos números parecidos, Dorival Júnior entende que a condição da equipe hoje é claramente superior ao momento vivido pelo clube antes da sua chegada, em 2017, quando o time lutava contra a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
“Ano passado entramos em sua situação bem difícil e complicada, talvez a pior nos últimos anos, e as pessoas confiaram no meu trabalho nesse sentido. Estamos em um novo ano e não tenho dúvidas que vou atingir os objetivos do clube. Sou responsável por isso e sei que tenho capacidade para fazer esse time chegar mais longe. Mas, preciso de tempo”, comentou Dorival Júnior, após o empate por 0 a 0 com a Ferroviária.
No confronto desse domingo no Morumbi, o comandante são-paulino foi vaiado e hostilizado por parte da torcida. Os maiores questionamentos foram por conta da manutenção dos volantes Petros e Hudson até o fim da partida e principalmente pela alteração de Nenê por Valdívia. Também no segundo tempo, Tréllez entrou na vaga de Diego Souza e Paulinho substituiu Marcos Guilherme.
“Estávamos com o meio encaixado e infiltrando, tanto Petros quanto Hudson protegiam e davam consistência para as triangulações. Não tinha porque mudar ali. Qualquer alteração hoje, mantendo-se o empate, é natural que o treinador seria criticado. Precisava um pouco mais de lado de campo, o Nenê estava mais fresco, o Valdívia está aos poucos entrando, senti ele um pouco abafado. Era hora de fazer a alteração”, justificou, para em seguida condenar as especulações sobre sua demissão.
“Se cada um que fosse vaiado fosse o momento final desse treinador, eu não sei onde pararíamos. Essa cultura do futebol vem fomentando todos que convivem no futebol. É prazeroso falar da demissão do treinador. Em todas as áreas. A satisfação é essa. Tem 25 anos que estamos nessa mesma batida. Será que é saudável isso? Será que não temos exemplos na Europa. Cobrem no momento de definição do campeonato”, concluiu Dorival Júnior.