Daniel Alves abre o jogo e critica diretoria do São Paulo após vitória - Gazeta Esportiva
Daniel Alves abre o jogo e critica diretoria do São Paulo após vitória

Daniel Alves abre o jogo e critica diretoria do São Paulo após vitória

Gazeta Esportiva

Por Redação

28/11/2019 às 23:54 • Atualizado: 29/11/2019 às 00:09

São Paulo, SP

Daniel Alves não poupou palavras após a vitória do São Paulo sobre o Vasco, nesta quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. O camisa 10 do Tricolor pediu estabilidade para que o clube retome o trilho dos títulos e criticou a diretoria pela falta de convicção e o número alto de demissões de técnicos.

"A gente não cogita esse tipo de coisa (saída do Raí) pelo fato de que, volto a insistir, nós queremos estabilidade dentro do clube, para mudar essa história, essa negatividade que existe", declarou Daniel Alves em longa entrevista na zona mista.




"A história só muda se você tiver estabilidade, senão vai passar mais nove anos sem ganhar. Estava conversando com companheiros, em um ano eles tiveram quatro treinadores, isso é impossível, impossível se você não criar uma filosofia, uma identidade. E se não apostar nessa filosofia, nessa identidade você vai oscilar muito", explicou o veterano.

Fernando Diniz é o quarto técnico a comandar o São Paulo no ano. Após começar a temporada com André Jardine, Vagner Mancini assumiu interinamente o clube durante o Campeonato Paulista e foi sucedido por Cuca, demitido em setembro, semanas após a contratação de Daniel Alves.

"Muda treinador, aí treina quatro meses. O que alguém vai fazer em quatro meses? Nunca vi ninguém fazer nada em quatro meses", declarou. "É um processo que você precisa viver, e se você pagar o preço você vai aspirar coisas, se não pagar, vai ficar oscilando assim, vai ficar mais nove anos sem ganhar", concluiu.




O camisa 10 também teceu uma dura critica aos bastidores do clube, afirmando que "nem todos querem a mesma coisa. Quem está de fora quer entrar e, por vezes, joga sujo. Confira:



Daniel Alves também rechaçou se ligar ao que chamou de "partidos políticos" dentro dos bastidores do clube, afirmando que veio para o clube apenas para fazer história.

"Mas a partir do momento que eu cheguei aqui eu quero mudar, eu quero melhorar a coisa no São Paulo; e se eu tiver a possibilidade de fazer isso, eu vou fazer. Se eu não tiver, eu não tomo parte de partido político, até mesmo porque não é minha filosofia. Minha filosofia é vir, escrever história, escrever meu capítulo dentro de um clube tão grande que é o São Paulo", contou.



"A única coisa é que nós (jogadores) queremos escrever um novo capitulo, porque esse clube é muito grande, é muito respeitado mundialmente, mas a gente tem que se blindar porque nem todo mundo quer a mesma coisa", seguiu o jogador.

"Então como a gente quer, como a gente sabe onde quer ir, a gente quer focar em dar esse resultado, em mudar toda essa negatividade que existe no clube e tentar fazer com que essas pessoas não alcancem o objetivo delas, porque o São Paulo é maior do que eu, é maior do que o Raí, é maior do que o nosso presidente, todos os jogadores que estão aqui e todos que já passaram", concluiu.



Com o triunfo dentro de campo, o São Paulo manteve folga de quatro pontos na 6ª colocação do Campeonato Brasileiro. A equipe volta a campo neste domingo, às 19h (Brasília), contra o Grêmio, em confronto direto fora de casa.

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