Cícero espera que nova função lhe renda frutos perdidos no passado - Gazeta Esportiva
Cícero espera que nova função lhe renda frutos perdidos no passado

Cícero espera que nova função lhe renda frutos perdidos no passado

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

17/02/2017 às 18:48

São Paulo, SP

Cícero sempre se destacou por ser um jogador polivalente. Já atuou nas quatro funções do meio-campo e como centroavante. Por onde passou, foi batedor de falta, de pênalti e também chamou atenção pelos gols de cabeça. Na opinião do atleta de 32 anos, porém, nada disso lhe rendeu o que ele esperava para sua carreira. Agora, no São Paulo, Cícero tem jogado mais recuado, na proteção à zaga e com a responsabilidade de fazer a transição ao setor ofensivo. Assim, o experiente jogador espera colher os frutos que não vieram no passado.

“Sempre quando eu jogo de volante, vou entrar só uma vez ou outra (na área), porque deixo a equipe exposta atrás. Mas o que me deixa feliz é ver a equipe saindo e jogando como tem jogado. O mais importante para nós é a saída de bola. Tem gente que não olha como o time está jogando, mas sim quem está chegando na frente. De vez em quando vocês vão ver o Cícero tentando finalizar, chegando na área”, comentou.

Cícero, 32 anos, tem atuado mais recuado do que em outros momentos da carreira (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Cícero, 32 anos, tem atuado mais recuado do que em outros momentos da carreira (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


“Mas depende do jogo. Contra a Ponte Preta, por exemplo, era um jogo muito fechado. O mais importante é o time estar jogando. Chegar menos ou não na área não importa. Eu já cheguei muito na área na minha vida e as coisas não aconteceram. Quem sabe você fazendo uma coisa diferente pode acontecer”, vislumbrou em um tom amargurado e sem revelar quais foram suas frustrações.

Em sua primeira passagem pelo São Paulo, Cícero marcou 16 gols. No Santos, foram mais 35 gols. Ano passado, quando defendeu o Fluminense, o meio-campista foi às redes 16 vezes. Talvez essa fama tenha deixado o torcedor mal acostumado, mas o reforço são-paulino para essa temporada espero que as pessoas percebam sua importância na nova função em campo.

“Eu fiquei sabendo disso, mas eu sempre falo que eu não me preocupo em fazer gols, me preocupo em jogar bem, jogar coletivamente para a equipe. Independente de fazer gol, o mais importante é o resultado final. Eu estava pegando a melhor forma física ainda, tive chance de fazer (um gol) na Copa do Brasil, mas acabou não entrando. A nossa função é diferente agora, jogamos para fazer com que a bola chegue no pelotão da frente. Isso é o melhor”, explicou.




Ceni europeu
Entre 2008 e 2011, Cícero atuou na Alemanha defendendo o Herta Berlin e o Wolfsburg. Essa experiência fez com que o jogador afirmasse com toda convicção, nesta sexta, que o trabalho de Rogério Ceni é, sim, semelhante ao que se faz atualmente na Europa.

“Eu não sei dos outros trabalhos, mas eu já trabalhei lá fora e vejo o mesmo método. Cada um tem sua filosofia, mas eu posso cravar que a filosofia do Rogério é uma filosofia interessante e vai dar resultado. O pessoal tem elogiado muito o trabalho dentro de campo, as coisas têm fluindo e isso é o mais interessante”, disse, preocupado em não se mostrar empolgado demais.

“A gente tem que ter os pés no chão aqui, porque estamos em início de trabalho. Não ganhamos nada ainda. Claro que ganhamos um grande jogo, mas temos que ter ciência de que a gente tem muito pela frente. Lógico, poder iniciar bem é muito bem-vindo”, finalizou.

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