Calleri faz golaço e Tricolor domina, mas fica no empate em Trujillo - Gazeta Esportiva
Calleri faz golaço e Tricolor domina, mas fica no empate em Trujillo

Calleri faz golaço e Tricolor domina, mas fica no empate em Trujillo

Gazeta Esportiva

Por Redação

03/02/2016 às 23:40 • Atualizado: 04/02/2016 às 10:30

São Paulo, SP

O Tricolor joga por um empate sem gols no Pacaembu, mas a superioridade técnica indica uma vitória fácil no Pacaembu (Foto: Cris Bouroncle/AFP)
O Tricolor joga por um empate sem gols no Pacaembu, mas a superioridade técnica indica uma vitória fácil no Pacaembu (Foto: Cris Bouroncle/AFP)


O São Paulo jogou mais bola e mostrou ser bastante superior tecnicamente ao Universidad César Vallejo, mas erros dos juízes, falhas de finalização e um chute de rara felicidade de Hohberg impediram que o Tricolor encaminhasse já no Peru sua classificação na pré-Libertadores. Atuando em Trujillo, no Peru, os são-paulinos contaram com um belo gol de Calleri e empataram por 1 a 1 no estádio Mansiche.

Com o resultado, o Tricolor pode até empatar sem gols no duelo da volta, dia 10, às 21h45(de Brasília), no estádio do Pacaembu, que terá assegurada a sua vaga na fase de grupos. Novo empate por 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis, enquanto empates por dois gols ou mais favorecem os peruanos. Caso haja um ganhador, ele será o dono da classificação.

A chave que espera ou César Vallejo ou São Paulo é a de número 1, que conta com os argentinos do River Plate, atuais campeões do torneio, o The Strongest, da Bolívia, e o Trujillanos, da Venezuela. A estreia seria contra os bolivianos, no dia 17.

Jogadores do São Paulo celebram o belo gol de Calleri, que empatou a partida no Peru (Foto: Cris Bouroncle/AFP)
Jogadores do São Paulo celebram o belo gol de Calleri, que empatou a partida no Peru (Foto: Cris Bouroncle/AFP)


O Jogo - Nos minutos iniciais, parecia que os brasileiros facilmente construiriam uma goleada. Ela até ameaçou sair do papel, mas o juiz Roddy Zambrano não viu a cabeçada de Alan Kardec, aproveitando bom cruzamento de Bruno, cruzar a linha do gol após bater no travessão. Os tricolores chegaram a comemorar, mas nem árbitro nem bandeirinha viram a bola quicar pelo menos um palmo dentro da meta.

A facilidade era tanta que os são-paulinos deixaram de lado o receio de atacar e mantiveram-se na frente, envolvendo os peruanos com bom toque de bola e participações de Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos. Na hora de concluir, porém, Ganso não teve a calma demonstrada nos passes. Livre na área, recebendo passe firme de Mena, dominou e tocou por cima de Libman, mas carimbou o travessão.

Na primeira bola em que foi ameaçado, no entanto, o Tricolor teve de buscar a bola no fundo da rede. Hohberg recebeu pelo lado esquerdo, na intermediária, após boa troca de passes entre os peruanos. Talvez empolgado por enfim conseguir chegar próximo ao gol de Denis, o armador resolveu arriscar de longe e acabou acertando o ângulo esquerdo de Denis, que não conseguiu alcançar.

O gol foi ruim para a confiança dos visitantes, que mostraram mais afobação na hora de trabalhar as jogadas ofensivas. Discretamente, o César Vallejo passou a ganhar mais campo e, até o intervalo, esteve mais perto de fazer o segundo do que de sofrer o empate. Enquanto Michel Bastos e Thiago Mendes isolaram as chances tricolores, Chávez deu belo drible em Rodrigo Caio e chutou rente à trave direita de Denis.

Após o papo com Edgardo Bauza, os são-paulinos voltaram com grande ímpeto para empatar. Hudson e Thiago Mendes se mandaram ao ataque e foram os protagonistas dos melhores lances, principalmente arremates de média distância. O goleiro Libman, presença constante na seleção peruana, mostrou segurança nas ocasiões, sempre espalmando para o lado.

Foi aí que o comandante resolveu lançar mão do seu grande desejo para a temporada. Jonathan Calleri, contratado exatamente para jogar a Libertadores, entrou no lugar de Alan Kardec e logo deu seu cartão de visistas. Em disputa dentro da área, trombou no zagueiro e levou um cartão amarelo. No lance seguinte, recebeu lançamento longo, protegeu e, com muita categoria, encobriu o goleiro Libman, mal posicionado.

A facilidade que os brasileiros tinham para jogar e a enorme diferença técnica deixavam claro que a vitória era possível, mas as finalizações não ajudaram. Bauza ainda tentou com Carlinhos no lugar de Centurión e jogou diversas bolas na área. Nos acréscimos, Breno e Michel Bastos estiveram perto de fazer o segundo. Na primeira, Rodrigo Caio atrapalhou. Na segunda, Chávez salvou em cima da linha e assegurou o empate.

FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDAD CÉSAR VALLEJO 1 X 1 SÃO PAULO

Local: estádio Mansiche, em Trujillo (Peru)
Data: 3 de fevereiro de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Roddy Zambrano (Fifa – Equador)
Assistentes: Luis Vera e Juan Macias (ambos do Equador)
Cartões amarelos: Riojas, Millan e Morales (UCV); Calleri (São Paulo)
Gols:
CÉSAR VALLEJO: Hohberg, aos 19 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Calleri, aos 21 minutos segundo tempo

U. CÉSAR VALLEJO: Libman; Requena, Cardoza, Riojas e Guizasola; Ciucci, Quinteros (Morales), Montes (Quinteros), Millan e Hohberg; Chavez
Técnico: Franco Navarro

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Breno e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Wesley), Michel Bastos, Ganso e Centurión (Carlinhos); Alan Kardec (Calleri)
Técnico: Edgardo Bauza

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