Análise: mesmo sem velocistas, Ceni precisa fazer melhor com o que tem em mãos
Por Marcelo Baseggio
18/02/2022 às 06:00
São Paulo, SP
Ceni já explicou diversas vezes que a falta de jogadores de velocidade, pelos lados do campo, que se destacam pela capacidade de improviso, é o grande motivo para o time ter dificuldades de infiltrar na defesa rival. Entretanto, com cinco reforços para 2022 e a manutenção de todas as importantes peças do elenco, o comandante tricolor precisa fazer melhor neste início de temporada.
A dificuldade de balançar as redes é tamanha, que 86% dos gols do São Paulo em 2022 aconteceram no segundo tempo, muitos deles já no apagar das luzes. Nas duas vitórias conquistadas neste ano, o Tricolor venceu o goleiro adversário depois dos 40 minutos da etapa complementar, contra Santo André e Ponte Preta.
Nem mesmo Rigoni e Marquinhos, dois atletas que se assemelham aos que Rogério Ceni ainda vem pedindo à diretoria, têm dado conta do recado no ataque são-paulino, que acaba recorrendo aos cruzamentos na área de forma sistemática.
Nesta quinta-feira, contra a Inter de Limeira, o time comandado por Ceni bateu seu recorde de bolas alçadas na área adversária. Foram 60 cruzamentos no total. Até então, a maior quantidade de chuveirinhos havia sido registrada na vitória sobre o Santo André (42).
No próximo domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro, às 18h30 (de Brasília), o São Paulo, enfim, terá seu primeiro grande teste na temporada. É verdade que a partida contra o Red Bull Bragantino também colocou o elenco à prova, já que se trata de um time de Série A, mas o clássico certamente tem um peso maior para a equipe de Rogério Ceni.
Resta saber, porém, se o treinador conseguirá corrigir os problemas apresentados pelo São Paulo desde a primeira rodada do Campeonato Paulista nesses próximos dias para evitar um novo desempenho frustrante de seu ataque em um jogo de maior expressão, contra o Santos, no estádio do rival.