Essa situação, por si só, faz com que a Copa do Brasil se apresente como o melhor rumo a ser seguido pelo Peixe daqui até o término da temporada. Além disso, outros fatores reforçam a ideia de que a comissão técnica alvinegra deva trabalhar em cima de tal objetivo.
O primeiro deles é a condição de conquistar um título de grande expressão no País, já que desde 2010 o Santos não consegue passar sequer uma rodada dentro do G4 do Brasileiro. No mesmo ano, o time conquistou sua única Copa do Brasil na história.
Em segundo lugar, a vaga na próxima Copa Libertadores da América. Desde o 2012, quando foi eliminado pelo Corinthians, o Peixe nunca mais voltou ao torneio continental e é, atualmente, o grande clube paulista há mais tempo fora da competição.
O terceiro ponto é a questão financeira. Neste ano, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aumentou a premiação em 28,4% em relação a 2014. O Atlético-MG, campeão no último ano, recebeu R$ 6,190 milhões ao todo.
O fato de chegar às oitavas de final, rendeu ao time da Vila Belmiro R$ 2.130 milhões até agora. Caso fique com a taça, o clube embolsará mais R$ 5.820 milhões, o que dá um prêmio total de R$ 7.950 milhões. Valor que não está no orçamento prévio santista, mas que representaria um alívio muito grande para a diretoria perante a grave crise financeira que vem resultando em atrasos salariais tanto do elenco quanto de funcionários administrativos.
Outro fator extra é a possibilidade de mandar seus jogos no estádio do Pacaembu, em São Paulo, com a certeza de casa cheia e uma renda com bilheteria que jamais será alcançada em qualquer partida que o clube faça pelo Campeonato Brasileiro, na Vila Belmiro. Vale lembrar que há duas semanas, o Santos correu risco de perder pontos no Campeonato Brasileiro em função de uma denúncia do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo referente as atrasos salariais.
A má fase do time no nacional por pontos corridos também não é vista como um obstáculo para o Peixe obter sucesso na Copa do Brasil. Justamente por ser decidida sempre em dois confrontos diretos, o Santos entende que pode encarar qualquer rival de igual para igual. Fora o fato de a equipe estar em uma crescente com a chegada de Dorival Jr. Desde então, foram três vitórias, um empate e apenas uma derrota.
Até mesmo o fato de ter de encarar logo o Corinthians nas oitavas de final não desanima os santistas. Em dois clássicos neste ano contra o arquirrival da Capital, o Peixe conseguiu arrancar um empate em Itaquera, pela primeira fase do Campeonato Paulista, e venceu na Vila, em duelo válido pelo primeiro turno do Brasileiro.
