A maior parte do quadro de funcionários do Santos não sofrerá redução salarial. O corte será de até 70% nos vencimentos de abril, maio e junho para quem recebe mais de R$ 6.101,06 por mês, o teto previdenciário.
A Gazeta Esportiva entrou em contato com José Carlos Peres para repercutir a decisão. O presidente disse que pensou na maioria do clube, aproximadamente 300 funcionários mais "vulneráveis".
"Cerca de 80% dos funcionários ganha menos de R$ 6,1 mil por mês. Esses não tiveram redução", disse Peres.
A diretoria lamenta não ter dinheiro suficiente para manter toda a folha salarial em dia, mas destaca não ter feito nenhuma demissão.
Outro ponto justificado é que quem recebeu o "desconto" terá estabilidade pelo menos até outubro, receberá um salário adicional no fim do contrato e metade do que ficou para trás no ato da rescisão ou antes, no segundo semestre.
O elenco, em contrapartida, está insatisfeito. Houve sinalização de 30% de redução em abril, falta de acordo e, na semana do pagamento, o corte de 70%, via e-mail e sem maiores explicações. Os líderes do grupo devem conversar com o presidente Peres nos próximos dias.