Jair lamenta reforços tardios e exime presidente Peres de culpa - Gazeta Esportiva
Jair lamenta reforços tardios e exime presidente Peres de culpa

Jair lamenta reforços tardios e exime presidente Peres de culpa

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/07/2018 às 00:10

São Paulo, SP

Jair Ventura deu adeus ao Santos após sete meses como treinador da equipe. Com mais derrotas do que vitórias acumuladas durante seu período na Baixada Santista, o técnico de 39 anos lamentou a falta de peças para montar o time ideal, mas poupou o presidente José Carlos Peres de culpa, uma vez que o clube inicialmente não possuía dinheiro para investir na chegada de novos nomes.

Desde a saída de Lucas Lima, o Santos carecia de um meia armador, o famoso camisa 10. Depois de meses analisando o mercado, o clube, enfim, fechou com o costarriquenho Bryan Ruiz, que ainda não estreou. A saída de Ricardo Oliveira também prejudicou o Peixe, que segue até agora se um centroavante de ofício.

“Agora chegou uma contratação, um camisa 10 que não consegui usar. Fico à vontade para falar isso, porque meu elenco não tem um 10, os próprios jogadores falam. O próprio Vecchio pede para jogar mais atrás, o Jean também, Cittadini também. E não temos o camisa 9 também para o lugar do Ricardo [Oliveira]. Quem é o camisa 9? Sasha? Não. Gabriel é um camisa 9? Não. Estávamos começando agora a repor, mas, infelizmente, a direção optou por essa troca. Não aconteceu da maneira que esperávamos, mas vou estar sempre na torcida pelo Santos”, disse Jair Ventura ao SporTV.

Jair Ventura deixa o Santos com 14 vitórias, dez empates e 15 derrotas (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Apesar de não ter tido as melhores condições para se trabalhar desde quando assinou com o Santos, Jair Ventura garante que não guarda mágoas do presidente José Carlos Peres. Na opinião do treinador, o mandatário não teve culpa na falta de reforços, algo que só foi revertido após a vende de Rodrygo ao Real Madrid.

“A culpa não é dele, a culpa é do Santos. O Santos não tinha condições financeiras para trazer essas contratações antes. O Santos só conseguiu com a venda do Rodrygo. Ele não conseguiu me segurar. Quem cobra, quem entra no Santos, não quer saber que saiu vários jogadores. Não importa, você está no Santos. Para ganhar campeonato e disputar competições você tem que ter elenco”, prosseguiu.

“Você pode jogar tranquilamente sem 10, mas nós perdemos jogadores importantes, não só um 10, como o Ricardo [Oliveira]. Também não tínhamos um 9. Então, você tem que se reinventar duas vezes. Você tem jogadores leves que precisam de outro para municiar, e nós não tínhamos esse jogador para municiar. Então, não é só a falta do 10. Agora, sempre falamos do 10. Sempre assisti às entrevistas e todos falavam que o Santos precisava de reforços. Quando acabava o jogo, a gente esquecia dos reforços, só olhava resultados”, concluiu.

Confira outros trechos da entrevista de Jair Ventura

Resultados levaram à saída?

Você sempre espera quando decide ser treinador. Empatar com o Palmeiras e com a Chapecoense, que está invicta lá [em Chapecó no Campeonato Brasileiro], é algo normal. Mas já vinha de antes, a questão não foi agora. A pressão já existia e a gente sabe.

Santos corre risco de rebaixamento?

Não, sem chances.

O Santos irá evoluir?

Vai evoluir, lógico. Como falamos muito do São Paulo, mas o São Paulo também contratou demais. O Everton joga de lateral, de meia por dentro, de externo, de falso 9, corre por todo mundo e faz gols. As contratações ajudam bastante.

Mais derrotas do que vitórias como treinador do Santos

A gente não pode pegar esse percentual juto com os objetivos que foram alcançados. Chegamos à uma semifinal [no Campeonato Paulista] perdendo nos pênaltis para o Palmeiras. Classificamos em primeiro lugar na Libertadores, classificamos na Copa do Brasil, no Brasileiro iríamos fazer dois jogos em casa agora. Mas claro que não foi a melhor campanha, não fujo das minhas responsabilidades. Mudamos a gestão, o comando técnico e o elenco. Trabalhamos sete meses sem os jogadores, as reposições estão chegando agora. Se você tiver as mesmas peças, você até pode melhorar, mas provavelmente vai ficar com o mesmo desempenho.

Futuro

Quero curtir muito a minha filha, mas não posso descartar. Hoje o meu momento é pensar na família, a gente sabe que passa muito rápido.

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