Estreia no Paulistão mostra problemas que Jesualdo terá que corrigir no Santos
Por Pedro Nascimento*
26/01/2020 às 10:00
São Paulo, SP
O próximo desafio do Santos será contra o Guarani, na segunda-feira, às 20h, no Brinco de Ouro. Para o jogo de Campinas, o treinador português buscará trazer soluções para problemas apresentados no primeiro compromisso de 2020.
Excesso de lançamentos
O Santos teve dificuldade para organizar a saída de bola de maneira fluida, com toques curtos. Por conta da boa marcação do adversário e da falha no posicionamento dos volantes do Peixe, que não ofereciam opção para os defensores, o Alvinegro apelou constantemente para lançamentos longos.
De acordo com o Footstats, o Santos optou por lançar a bola em direção ao ataque em 28 ocasiões ao longo do jogo. Além do número alto, o que chamou a atenção foi o baixo índice de acerto: apenas 11 deles (39,2% do total).
Meio "esvaziado"
Na maior parte das jogadas ofensivas, o Santos procurou avançar pelos lados do campo. A ideia era aproximar os pontas e os laterais, além da chegada dos meio-campistas Pituca e Sánchez, que tinham a incumbência de armar o time.
Com esse posicionamento, a faixa central do meio-campo do Santos ficou pouco povoada no jogo. A equipe trocou poucos passes no setor e chegou com pouco perigo pelo centro. O mapa de calor da partida evidencia a concentração das jogadas pelas laterais.
Criação pobre
As principais chances de perigo do Santos na partida vieram em chutes de fora da área, com Sánchez e Pará. O time não apresentou repertório para trocar passes em jogadas mais elaboradas, seja pelo centro ou pela lateral do campo.
Um dos principais motivos para essa dificuldade na criação é justamente o "buraco" na faixa central citado anteriormente. Com Sánchez e Pituca buscando as beiradas, o time posicionou poucos jogadores por dentro e, dessa forma, poucas linhas de passe foram formadas.
Costas da zaga
Na parte final do segundo tempo, o RB Bragantino teve mais de uma oportunidade para marcar. A principal dificuldade do Santos na defesa foi impedir que os passes do adversário entrassem nas costas dos zagueiros.
As três chegadas do Massa Bruta foram com Ytalo. Primeiro, o centroavante recebeu passe em cobrança de lateral por trás da zaga e finalizou na rede pelo lado de fora. Na sequência, uma tabela colocou o atacante na cara de Everson, porém o goleiro defendeu o chute. Por fim, Ytalo foi lançado nas costas de Luan Peres e finalizou no travessão.
Jesualdo busca posicionar sua equipe com uma linha alta, com e sem a bola. No entanto, o movimento dos defensores precisa ser bem coordenado, para que a retaguarda não fique vulnerável no momento em que o time perde a posse.
Com o ponto somado na estreia do Paulistão, o Santos ocupa o segundo lugar do grupo A. Depois de enfrentar o Guarani, nesta segunda-feira, às 20h, no Brinco de Ouro, o Santos terá pela frente a Inter de Limeira, na Vila Belmiro, na quinta-feira, às 19h15.
Especial para a Gazeta Esportiva*