Uma eventual vitória no jogo deste domingo, diante do novato Água Santa, em Presidente Prudente (SP), pode quebrar uma escrita na trajetória pessoal de Cuca – a de somar uma sequência ruim de resultados na chegada a um clube. Foi assim em Goiás, Santos e Belo Horizonte. Agora, no Verdão, o técnico anseia pela vitória para ganhar tranquilidade e romper com o antigo paradigma.
“Já passei cada coisa no futebol que é difícil até lembrar, e depois quando você lembra que deu certo tem um sabor enorme. Não tenho dúvidas que aqui vai dar certo. Mas as coisas não são como uma varinha de condão, que você faz ‘tchum’ e acontece. As coisas poderiam ser mais fáceis para mim. Geralmente quando eu chego a um clube levo umas porradas até encaixar”, disse Cuca.
Até agora, desde que assumiu o Palmeiras, foram três derrotas, diante de Nacional-URU, Audax e Red Bull. Número idêntico ao início no Goiás, em 2003, quando estreou com derrota e eliminação para o Cruzeiro na Copa do Brasil, tropeçando outras duas vezes no Brasileiro antes de somar os primeiros pontos contra o Fluminense.
O mau início no Esmeraldino, contudo, foi apenas momentâneo. Depois de engrenar, Cuca conseguiu uma sequência invicta de 16 jogos, que tirou o Goiás da zona de rebaixamento e elevou o time à nona posição no final do campeonato, garantido vaga na Copa Sul-Americana de 2004.
O trabalho à frente do clube do Centro-Oeste serviu como passaporte para treinar o São Paulo – quando montou o elenco que viria a ser campeão mundial no ano seguinte.
Na passagem mais recente pelo futebol paulista, quando comandou o Santos em 2008, Cuca também encontrou dificuldades no começo. Após estrear com derrota para o Vitória, foram outros sete resultados negativos até o primeiro triunfo, diante do Sport, na Vila Belmiro.
No Atlético-MG, clube no qual se consagrou ao comandar o primeiro título de Libertadores da história do Galo, Cuca sofreu no início e quase não foi mantido no projeto que culminou com a conquista continental. Foram seis jogos sem vencer, sendo quatro pelo Brasileirão e dois pela Copa Sul-Americana.
“Já perdemos o que tínhamos que perder, agora vamos ganhar”, bradou em coletiva após a terceira derrota seguida, admitindo que o abatimento pelos maus resultados contamina a todos. “Ele (Alexandre Mattos) sofre tanto quanto eu. O presidente também. Desse sofrimento temos que tirar um princípio para que a gente tenha alegrias”, acrescentou.
