A derrota para o Vasco por 2 a 0, no último domingo, dificultou a vida do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. O resultado manteve o elenco alviverde em 9º lugar e a seis pontos do G4, com apenas quatro rodadas para o fim da competição. Para o meia Robinho, a falta de confiança prejudicou a equipe, que precisa de uma mudança de atitude na reta final do Brasileirão.
“A crise técnica é o que mais está atrapalhando, todo mundo está sem confiança. O Marcelo está passando confiança, treinando, fizemos grandes treinos essa semana. Achamos que seria diferente e foi horrível. Vamos novamente adquirir confiança, respeito... Não sei. Tem de mudar, senão vai ser difícil”, afirmou ao fim da partida de domingo.
“Puxamos uma pressão até desnecessária. Poderíamos estar próximos no G4 e confiando na Copa do Brasil. Mas fizemos algumas partidas horríveis no Brasileiro. Chamamos toda a responsabilidade e agora temos de assumir”, continuou.
A maior parte dos equívocos do Verdão diante do Vasco foram cometidos durante o primeiro tempo do jogo. Os cruz-maltinos anotaram os dois gols da vitória antes mesmo do intervalo, se aproveitando de uma grande falha da zaga palmeirense no segundo tento. Na etapa final a equipe paulista teve apenas uma chance clara de gol, com Thiago Santos mandando a bola na trave.
“O futebol é personalidade. Não tivemos nem um pouco de personalidade. Tecnicamente fomos extremamente abaixo do Vasco. Não criamos nada no primeiro e no segundo tempo. Bola parada é normal, bate na área e briga lá. Fomos mal, um dos piores jogos no ano. É levantar a cabeça, encaras as críticas e assumir a responsabilidade para os próximos jogos”, admitiu Robinho.
Com as atenções divididas entre o Brasileiro e a final da Copa do Brasil, o Palmeiras indicava que priorizaria a competição de pontos corridos para conseguir a classificação para a Libertadores. O resultado do último domingo que afasta o clube ainda mais de seus objetivos iniciais, não passou despercebido pela torcida. “É normal, essa cobrança é necessária para nós assumirmos e ter vergonha na cara. Faz parte isso, eles vêm nos apoiando sempre", contou o jogador.
O meia também fez uma autocrítica, comentando sua atuação contra o Vasco. Mesmo admitindo não ter feito um bom jogo, mostrou não estar satisfeito com a responsabilidade de guiar a equipe.
“Não fiz um jogo tecnicamente bom, mas fiz um jogo de muita coragem, de não me esconder em nenhum momento. Até mesmo quando eu errei passe e fui vaiado eu não me escondi. Esse é meu jeito de ser. Mesmo quando não estou bem tecnicamente eu tento de alguma maneira ajudar, ou correr, ou xingar, ou brigar, ou fazer alguma coisa. Hoje não era um dia que eu estava nos meus melhores dias, foi um pouco complicado. Espero que não dependa só de mim nos próximos jogos”, finalizou.
