"Não foi a estreia que eu pretendia, mas já vi alguma intenção, principalmente nos 30 minutos iniciais, de ter a posse de bola e de pressionar logo que perdemos a bola, precisamos prolongar para os 90 minutos. E precisamos chegar na área para finalizar", iniciou em coletiva de imprensa após o duelo.
"A chuva afetou o campo, a circulação de bola ficou mais lenta. O terreno ficou mais pesado. A chuva não conseguimos controlar, temos que estar preparados para jogar em temperaturas elevadas, porque essa é a realidade aqui no Brasil. Portanto, mais do que psicologicamente, o gol afetou taticamente, porque o adversário ficou confortável no jogo, em posição de vantagem e se tornaram mais especulativos, de aproveitar um erro, uma saída rápida em contra-ataque. Afetou o jogo dessa forma, na circulação de bola, as pernas ficaram mais pesadas e colocou o São Paulo mais confortável no aproveitamento de situações de transição".
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Além disso, o técnico também apontou os principais erros de sua equipe. "Os jogadores fundamentais já têm uma certa idade, naturalmente teremos que jogar não um jogo de transições, para correr, esse não pode ser o nosso jogo. Tem que ser circulado, de paciência. Sei que queremos ir depressa, mas isso também acarreta maior perda de bola e se isso acontece, vamos ter que reagir constantemente e teremos que defender mais. Vamos ter que encontrar o equilíbrio entre uma circulação de qualidade, com paciência. Vamos ter que melhorar nossos movimentos ofensivos, mais provocativa, com mais tentativas, de aparecer nos espaços. Faltou muito isso, porque circulamos muitas vezes no comprimento, não na profundidade necessária. Temos que ter paciência no jogo posicional também".
Por fim, Vítor Pereira também falou sobre as substituições realizadas. Ele tirou Lucas Piton, Du Queiroz, Giuliano e Fagner para as entradas de Bruno Melo, Cantillo, Jô e Gustavo Silva, respectivamente.
"(Esperava) encontrar soluções, estávamos em busca de encontrar espaços, mas estávamos tendo dificuldades. Quando passamos o Róger para dentro, para mais perto do Jô, é no sentido de ter uma presença mais forte, mais física, dentro da área, para aproveitar os cruzamentos. O Du correu muito no campo pesado, o Cantillo que tem capacidade de variar jogo e precisávamos disso naquele momento, mas não resultou como eu previ, mas esse foi o sentido. Penso que o adversário viu isso, colocou uma marcação individual e ele não conseguiu se libertar disso. É um trabalho que teremos que fazer com ele", falou.
"O Bruno Melo foi no sentido de ter mais um jogador forte no aéreo, ter a possibilidade de ir mais para frente, de trás para frente, mas não conseguiu muito, porque é necessário trabalho na alteração da estrutura, mas é isso que vamos fazer. O Piton fez um jogo em que tentou fazer gol, grande defesa do goleiro, mas tentou entrar por dentro, por fora. Achei que, naquela altura, precisávamos de alguém com empenho para continuar por ali. A passagem entre eles não era para defender por três, mas uma passagem para abrirmos completamente o Gustavo pela direita e o Willian pela esquerda, juntar o Róger e mais o Jô, de ter mais presença na área, pessoas com movimentos coordenados, para tentar desequilibrar a linha defensiva deles", finalizou.
O Corinthians, já classificado para as quartas de final do Paulistão, volta a campo somente no próximo sábado, contra a Ponte Preta, na Neo Química Arena.
