Sylvinho aprova atuação, mas evita estipular prazo para definir o Corinthians ideal - Gazeta Esportiva
Sylvinho aprova atuação, mas evita estipular prazo para definir o Corinthians ideal

Sylvinho aprova atuação, mas evita estipular prazo para definir o Corinthians ideal

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

06/06/2021 às 19:55

São Paulo, SP

Sylvinho foi para o seu terceiro jogo como técnico do Corinthians com a terceira escalação diferente e, principalmente, uma nova postura tática. Neste domingo, deu certo. O Timão venceu o América por 1 a 0, em Belo Horizonte, e o treinador gostou do que viu.



 

"Nós já esperávamos um jogo difícil, um adversário que joga junto há um tempo, tem velocidade, transições. Não é nada fácil em seu campo. Montamos uma situação para poder adquirir um pouco mais de confiança no meio de campo, melhorando outros links pelos lados do campo. Foi isso que nós nos propusemos a entrar em campo e fazer. Entendi que o time respondeu muito bem. E, na parte ofensiva, outros links começam a aparecer".

Sylvinho chegou ao Corinthians há menos de duas semanas e, na próxima quarta-feira, tem duelo decisivo pela Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Apesar do caráter emergencial de resultados que os desafios pedem, o técnico evitou falar em prazo tanto para encontrar o time ideal quanto para colocar sua 'cara' na equipe.

"Temos de acelerar etapas, processos. Na verdade, a gente trabalha contra o tempo, e não é simples, porque os links no futebol são bastante complexos".

"Ainda é cedo. Hoje, entendemos que ainda não buscamos o ideal. Buscamos a performance dos atletas, que isso vai nos trazer resultados mais próximos".

Após o duelo contra o Dragão, o Corinthians vai visitar o Palmeiras, no Allianz Parque, sábado, às 19 horas, pela terceira rodada do Brasileirão.




Veja outros trechos da entrevista coletiva de Sylvinho.

Tempo para encontrar o time
"Quando se fala de tempo é relativo demais. Temos de buscar e acelerar todas as etapas possíveis. O campeonato é equilibrado, difícil. Diferença de uma vitória para uma derrota está em detalhes muito pequenos. Temos de acelerar etapas, processos. Na verdade, a gente trabalha contra o tempo, e não é simples, porque os links no futebol são bastante complexos. Você pode estar há seis meses, um ano, e os desafios são praticamente os mesmos. Quando mais tempo, vai ficando mais fácil. O tempo é relativo. Temos de trabalhar para buscar performance e buscar resultados"

Defesa
"Eu não gosto muito só de falar da tática, mas está correta a observação. O time ficou mais consistente, demos menos espaço entre as linhas, nas costas dos meio-campistas nossos. Tanto para atacar quanto para defender. A gente corrige muitas situações defensivas, assim tem sido feito e entendemos. O João Victor é um grande jogador e, na verdade, como tantos outros, teve uma performance muito boa, de entrega, de luta, que é o que estamos exigindo, buscando. Todos são muito úteis, jogadores importante e todos vão ser utilizados no seu tempo".

Sistema para decisão de quarta
"Estamos ainda digerindo o ocorrido, estratégias que deram certo, outras que ficaram pelo caminho. Estamos ainda absorvendo. Amanhã vamos começar a trabalhar em cima da estratégia da volta para a Copa do Brasil".

Trio de volantes
"Eu já estava tentando. A gente chega no clube e tenta melhorar o sistema, diminuir as possibilidades do adversário entrar na nossa área com facilidade. Já no segundo jogo, tentamos essa correção. Não conseguimos. E a gente fica aqui buscando situações, estratégias, jogadores para poder estar cumprindo. São três, sim, atletas de meio-campo, até porque Gabriel e Roni são atletas de uma boa taxa de trabalho de meio-campo. Cantillo é um atleta com muito boa capacidade de passe, que nós queríamos, e ficou ali protegido por esses dois atletas. Foi isso que queríamos, deu boa sustentação para o sistema e o Cantillo conseguiu jogar ais protegido pelo meio-campo".

Não utilização de Jô 
"Na verdade, o Jô já entrou no primeiro jogo, entrou no segundo e hoje ele não entrou. A proposta era que nós estávamos no campo defensivo, mais baixo do que nós queríamos, o adversário te leva para ali, o cansaço começa a aparecer, tivemos reclamação de atletas, como Roni, que pediu para sair. Gabriel e Cantillo estavam no limite, eu estava preocupado com Gustavo e Araos, que desempenharam uma função importante. Enfim, nós tínhamos a terceira substituição de bloco e tínhamos que acertar muito ali. Preferimos o Léo (Natel), porque ele tem a velocidade, a força, queríamos explorar uma saída, conseguimos uma ou outra, deveria ter conseguido mais, essa era a intenção, e por isso assim fizemos".

Time ideal
"Muito cedo para dizer 'ideal'. São 10 dias de trabalho. O ideal é performar bem, encontrar os links em campo. É o que queremos. Muitas vezes, por dentro, você tem mais sustentação. Fagner, por exemplo, conseguiu fazer duas ou três passagens para tentar o cruzamento e até o gol. Ficou forte o lado e a gente consegue dar uma liberdade maior, temos de trabalhar isso. Ainda é cedo. Hoje, entendemos que ainda não buscamos o ideal. Buscamos a performance dos atletas, que isso vai nos trazer resultados mais próximos".

Pressão da torcida
"É do jogo. Nós também, aqui dentro. É pouco tempo, mas queremos, óbvio, montar o time, em cima de muito trabalho, para obter resultados. Faz parte de todo um processo. Todos nós sabemos, temos de continuar trabalhando, não se preocupar com o tempo, buscando soluções".

Araos na vaga de Vital
"Uma estratégia de jogo. Tínhamos de ter um link pelo lado esquerdo do qual o Araos esteve ocupando hoje também para poder ajudar o Fábio, que teve uma missão difícil, um cara (atacante do América) com pé trocado, rápido, muito jovem. A gente sabia que o Araos já tinha desempenhado essa função. Volto a dizer, nós atletas são muito bons, precisamos usar todos e há escolhas, e precisamos fazer escolhas a cada jogo".

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