Com a proximidade das eleições presidenciais, cresce o debate sobre o quanto futebol e política deveriam se misturar. Felipe Melo criou mais uma polêmica ao dedicar seu gol marcado no último fim de semana ao candidato Jair Bolsonaro. O Palmeiras acabou emitindo uma nota oficial sobre o assunto e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pretende analisar o caso. Nessa terça-feira, foi a vez de Gabriel, volante do Corinthians, se manifestar sobre a corrida para presidente do Brasil.
“É um assunto delicado, cada um tem a sua opinião. Meu voto é igual ao seu, conta um, não muda porque sou jogador. Acredito que o país tem que ser mudado. O Brasil é uma grande potência, temos tudo para ser um dos maiores países do mundo, tem a Amazônia, podemos explorar e vendemos para os outros. Tenho algumas opiniões, mas prefiro deixar particular, mas acho que tem de se mudado”, argumentou o jogador corintiano, preocupado em não revelar seu voto, mas disposto a dar sua opinião.
“Tem que ter um cara, mas não de numa maneira mais agressiva. Já está borbulhando, se chegar mais agressivo, talvez piore. Vamos torcer. Pode ter certeza que sou muito patriota e vou lutar por um Brasil melhor. Mas também não depende só dos políticos, o povo também tem muito a melhorar para termos um país melhor. Eu me incluindo nesse montante aí”, completou.
Na campanha eleitoral de 2014, Ronaldo e Neymar resolveram apoiar Aécio Neves. Com a derrota do candidato e as posteriores denúncias contra o ex-senador, a dupla de atacantes prometeu não se pronunciar mais sobre o tema. Nesse ano, não só Felipe Melo repercutiu ao divulgar seu apoio a Jair Bolsonaro. Lucas Moura, ex-São Paulo e atualmente no Tottenham, da Inglaterra, também comunicou sua simpatia pelo candidato do PSL. Diante das ferozes opiniões que esses comentários causaram, a maior parte dos jogadores de futebol têm preferido não revelar o voto, como fez Gabriel nessa terça, apesar de externar o perfil que o agrada mais.