A dívida total do Corinthians também alcançou um patamar inédito. Nada disso, porém, preocupa Matias Ávila, diretor financeiro alvinegro.
“A dívida é de R$ 668 milhões, sendo R$ 212 milhões de 20 anos, R$ 50 milhões de médio prazo e R$ 239 milhões de curto prazo”, revelou o dirigente em entrevista ao Mesa Redonda, da TV Gazeta, na noite desse domingo.
“Um clube que arrecada em torno de R$ 450 milhões por ano, R$ 239 milhões não é preocupante, tanto que fechamos o semestre de forma tranquila”.
O Corinthians fez cerca de R$ 142 milhões em 2020 ao comercializar atletas e receber por mecanismo de solidariedade e empréstimos de atletas. A quantia, de fato, deu fôlego para o fluxo de caixa que praticamente se estagnou com a pandemia do coronavírus.
“R$ 850 mil por mês é a dívida de longo prazo. E os impostos vão ser parcelados a longo prazo. Enfim, o Corinthians não tem uma dívida desesperadora. Ano passado, tivemos dívidas de curto prazo pelas contratações que fizemos, enfim. Não nos preocupa o balanço deste ano. É claro que as vendas dos jogadores estão ajudando bastante”, comentou Ávila.
“A venda do Pedro Henrique vai nos ajudar muito”, completou, confirmando a negociação do zagueiro com o Athletico, sem deixar de ter cautela. “Está encaminhado, mas não acertado”.
Após a sugestão de reprovação do balanço de 2019 feita pelo Conselho Fiscal e Conselho de Orientação do Corinthians. Agora, a gestão tentará melhorar a imagem dentro do clube com a apresentação do balanço semestral com superávit.
“Vamos publicar da aprovação destes órgãos (Conselho de Orientação e Conselho Fiscal) e antes da reunião do Conselho Deliberativo”, revelou Ávila, adotando tom otimista quanto as contas corintianas.
“Nós vamos entregar um clube redondo, seja quem for o próximo presidente”.