Cristóvão brinca com "risco" de dar certo: "Aí vão falar bem de mim" - Gazeta Esportiva
Cristóvão brinca com "risco" de dar certo: "Aí vão falar bem de mim"

Cristóvão brinca com "risco" de dar certo: "Aí vão falar bem de mim"

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

07/09/2016 às 20:11

São Paulo, SP




O técnico Cristóvão Borges parece cada vez mais desenvolto para tratar da responsabilidade de substituir Tite e das críticas quase incessantes que recebe da torcida do Corinthians desde que assumiu o comando do clube. Sorridente ao falar sobre o tema na entrevista coletiva concedida na tarde, o treinador vislumbrou um crescimento da equipe no terço final do ano e mandou um aviso aos críticos.

"Quando eu cheguei, qual era o desafio? Substituir o Tite. Para mim, como treinador, isso é um grande presente e desafio. Não conto com muito crédito e eu corro risco de dar certo", avaliou o comandante, que disse ter concordado com algumas análises críticas a seu respeito.

"Se eu der certo, vocês vão falar muito bem de mim. Eu não acompanho nem leio tudo, não. Mas, durante esse período, eu li algumas análises sobre o Corinthians, sobre o que eu mudava, acertei, errei. Li coisas muito interessantes. Tem isso também", disse Cristóvão, classificando como exagerados alguns dos discursos negativos sobre seu trabalho.

"Nunca fiquei chateado. Eu fui muito criticado e sei que é algo desproporcional, fora do real. Não é justo, por exemplo, porque o treinador, se vai bem, é elogiado, do contrário, não. Que foi exagerado? Claro que sim. Mas não me incomoda porque eu tenho consciência que é exagero. Hoje já não tem mais isso do Tite, vai muito além disso. É uma coisa até desrespeitosa às vezes", observou.

Para ele, algo determinante para uma maior paciência da torcida com o time daqui para frente foi a saída dos titulares Bruno Henrique e Elias, confirmada nos últimos 15 dias. Com os dois, 20 atletas que participaram do título brasileiro do ano passado já não estão mais no elenco.

"Ainda não deslanchamos porque é um processo natural das coisas. Com tudo isso, esse grupo não colocou o potencial que pode. E eu vejo isso começar a aparecer. Depois da saída do Bruno e do Elias, aí já mudou. Todo mundo meio que saiu de órbita antes, mas agora voltaram, está mais real o processo de crítica todos já começaram a entender", afirmou, descartando a possibilidade de a "saudade" da torcida ter aumentado com as recentes boas exibições da Seleção Brasileira sob o comando de Tite.

"A Seleção tem feito um bem para todos nós, está todo mundo mais calmo, mais tranquilo, com menos mágoa. Não vou me livrar da comparação, não vou me livrar. Agora, sobre a cobrança aumentar... Isso aí depende, é uma onda, vai depender. Quando tiver em cima, tranquilo. Embaixo, ela vem, aí você tem que estar preparado para encarar", filosofou.

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