O agradecimento de Carille a Ceni se deu ao ver no que o atacante Gustagol havia se transformado após passar uma temporada no Fortaleza, no ano passado. Classificado como "um dos melhores cabeceadores do futebol brasileiro", o centroavante voltou ao Timão e, mesmo sofrendo com algumas lesões, é o principal artilheiro da temporada, com dez gols marcados.
"Já tive algumas conversas com o Gustavo. A evolução dele é um absurdo. Antes queria fazer gols de qualquer jeito. Se pressionou. Ele realmente não foi bem quando chegou a primeira vez, e acabou jogando muito no Fortaleza. Ele fala de Hélio dos Anjos e Rogério Ceni, que temos que elogiar muito. Estamos muito satisfeitos com o que ele está fazendo", disse o treinador corintiano no início da temporada.
O momento de elogio público a Ceni se dá também após evolução do próprio treinador, que começou sua trajetória em uma equipe grande ao mesmo tempo que Carille, mas foi superado pelo corintiano. Nos cinco jogos disputados entre eles em 2017, o Timão venceu dois e empatou os outros três, eliminando o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista.
Surpreso pela série de mudanças que Ceni costumava fazer na equipe tricolor, Carille tem estilo diretamente oposto ao do ex-são-paulino. Sempre apostando na repetição de movimentos para achar uma equipe, ele dificilmente muda jogadores ou o esquema durante o ano.
O último duelo entre eles foi um 3 a 2 a favor do Corinthians pelo Brasileiro daquela temporada, na Arena, que abriu caminho para a demissão de Ceni. A queda foi consumada cinco jogos depois, na derrota do Tricolor por 2 a 0 para o Flamengo.
