Atacante tenta repetir ídolo do Timão e premiar Fiel depois de castigá-la - Gazeta Esportiva
Atacante tenta repetir ídolo do Timão e premiar Fiel depois de castigá-la

Atacante tenta repetir ídolo do Timão e premiar Fiel depois de castigá-la

Gazeta Esportiva

Por Marcos Guedes

23/10/2015 às 08:02

São Paulo, SP

Imagens de TV acabaram mostrando que bola de Geraldão não entrou (foto: reprodução/A Gazeta Esportiva)
Imagens de TV acabaram mostrando que bola de Geraldão não entrou (foto: reprodução/A Gazeta Esportiva)


Responsável pela eliminação do Corinthians na Copa Libertadores de 2010, quando defendia o Flamengo, Vagner Love espera estar contribuindo para que o clube do Parque São Jorge conquiste o Campeonato Brasileiro. Aclamado por Geraldão, o atacante quer repetir o velho ídolo alvinegro e alegrar a Fiel depois de deixá-la bastante irritada.

(foto: reprodução/A Gazeta Esportiva)
(foto: reprodução/A Gazeta Esportiva)


Campeão paulista em 1977 e 1979, Geraldão criou confusão na Fazendinha antes de vestir preto e branco. Foi no Estadual de 1974, quando defendia o Botafogo ao lado de Sócrates e foi o goleador da competição. Com o placar zerado, aos 15 minutos do segundo tempo, o centroavante recebeu em posição duvidosa e encobriu o goleiro Ado. A bola tocou no travessão e não entrou, mas a equipe de arbitragem viu gol. O jogo não acabou.

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“Toda a confusão de ontem à tarde no Parque São Jorge começou quando Geraldo marcou o gol e Rivellino e Ado foram para cima do bandeirinha Mário Molina, sufocando-o contra o alambrado, tendo por trás a fúria dos torcedores”, relatou A Gazeta Esportiva no dia seguinte àquele 12 de outubro. Seguiram-se invasões múltiplas, com jogadores como Brito evitando o linchamento do trio de arbitragem.

“Várias tentativas foram feitas para recomeçar o jogo. O próprio Molina tentou voltar, mas recebeu uma ‘chuva’ de garrafas, juntamente com o presidente do Corinthians, Vicente Matheus, e o próprio chefe do policiamento, que mais tarde viria a declarar nos microfones que havia dado todas as garantias aos auxiliares e ao juiz para recomeçar o jogo”, dizia A Gazeta.

Apesar das garantias do tenente Romano, não houve condições. Em um cenário de guerra, com a explosão de bombas de efeito moral, o árbitro Silvio Acácio Silveira e seus auxiliares deixaram o Parque em um carro da Rota, escoltado por dois outros veículos. “O público perdeu todo o controle quando viu as peruas passarem e foi em cima, numa fúria jamais vista.”

Violência à parte, havia razão nas reclamações. Como acabaram mostrando os vídeos da partida, a bola de Geraldão não entrou. “Toda a culpa é da federação, que escala esses juízes fracos. Esse juiz e esse bandeira prejudicaram o Corinthians desde o começo, deixando, inclusive, de marcar três pênaltis. O gol também não valeu, pois o seu autor estava impedido”, esbravejou o exagerado Vicente Matheus.

As queixas não mudaram o resultado da partida, sendo confirmado o triunfo por 1 a 0 do Botafogo. Ao menos foi evitada a possibilidade de punição a Rivellino pela agressão ao bandeirinha. A equipe alvinegra havia acabado de conquistar o título do primeiro turno, estava assegurada na final e temia não ter seu craque na tentativa de findar duas décadas de jejum.

A presença do Reizinho do Parque não foi suficiente. Acusado de se omitir na decisão contra o Palmeiras, o craque acabou deixando o clube após a derrota, a mais dura durante todo o período de 22 anos, oito meses e sete dias sem um troféu significativo. A espera só acabaria em 13 de outubro de 1977, com Geraldão vestindo a camisa 9 preta e branca.

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