"Arrepiou. Para mim vai ficar marcado, foi uma noite em que aconteceu de tudo, uma noite marcada para a história", afirmou o meio-campista, convocado para dar coletiva ao lado de Maycon, "responsável" por seu cartão vermelho já que foi o autor da falta em Keno, no contra-ataque do Palmeiars. O árbitro, porém, enganou-se pela fisionomia de ambos e acabou dando o segundo amarelo para Gabriel, que falou com os jornalistas acompanhado de uma máscara do companheiro.
"Na hora que eu assisti o jogo no vestiário, não poderia subir na arquibancada, tinha que ficar até os 30 minutos para sair o sorteio do doping. A imagem é um pouco atrasada, você ouvia a reação do torcedor antes de acontecer. Agora eu sei o que o pessoal que fica lá sente. Mas eu posso dizer que deu orgulho de ver, depois do jogo eu comentei com todos que supriram a minha ausência, o canto da torcida foi fundamental para os guerreirinho (sic) que estavam em campo não parar um minuto", contou.
Envolvido em alguns lances ríspidos com o atacante Dudu no começo do jogo, Gabriel também viu os ex-companheiros serem veementes no pedido para que o árbitro da partida o expulsasse. Depois, acabou extravasando em um vídeo veiculado por Kazim na suas redes sociais, no qual pedia para os palmeirenses aparecerem agora para criticá-lo. "Cadê todo mundo?", brincou o meio-campista.
Apesar disso, ele garante ter uma relação ainda de amizade com boa parte do elenco palmeirense, razoavelmente modificado em relação ao ano passado. Chamado de "traíra" por Tchê Tchê, ele disse que não entendia o motivo do xingamento nem gostaria de polemizar o assunto.
"Tenho uma relação tranquila com o pessoal de lá (Palmeiras), mas, como eu sempre venho dizendo, eu defendo o Corinthians. Amizade à parte, negócios é outra coisa. Estou no Corinthians, vou defender a camisa do Corinthians com unhas e dentes. Minha relação com as outras pessoas lá, jogadores, é totalmente profissional. Só que meus companheiros de equipe hoje são aqui do Corinthians", observou, negando que tenha desrespeitado o ex-clube.
"Ali (vídeo de Kazim) é um momento de felicidade do grupo, uma coisa interna. Queria até aproveitar para falar que eu tenho um respeito muito grande por todos os clubes que eu passei na carreira. Chego cedo para trabalhar, sou um dos últimos a sair. E hoje, meu xará, eu estou no Corinthians, tenho novos amigos aqui e o que for preciso fazer para defender esse clube eu vou fazer", falou.
Por fim, Gabriel ainda comentou o lance em que o zagueiro Vitor Hugo acertou uma cotovelada em Pablo, já na parte final da partida. Sem querer fazer julgamento moral da situação, Gabriel só deixou claro que espera que o ex-companheiro seja ao menos punido pelo que fez.
Leia mais:
Vitor Hugo pede desculpas a corintiano Pablo por cotovelada
Corinthians faz Gabriel e Maycon posarem de máscaras após polêmica
Corinthians firma parceria por caronas para torcida de fora de SP
"Não sabia do vídeo (de desculpas), procurei não olhar muita rede social depois de ontem (quarta), sabemos a turbulência que é. Eu conheço ele, nunca teve uma atitude dessa, não cabe a nós julgá-lo de nada. Não sei se vai ter alguma medida, mas isso não depende da gente. Tem que perguntar para o Pablo o que que aconteceu também. E ver a medida que vai ser tomada porque foi um lance feio de ver", concluiu.
