Análise: Corinthians mostra melhor entrosamento, mas escancara falta de opções - Gazeta Esportiva
Análise: Corinthians mostra melhor entrosamento, mas escancara falta de opções

Análise: Corinthians mostra melhor entrosamento, mas escancara falta de opções

Gazeta Esportiva

Por Redação

20/06/2022 às 07:00

São Paulo, SP

Por Marina Bufon

O Corinthians iniciou positivamente uma série de compromissos que terá dentro da Neo Química Arena ao vencer o Goiás na tarde do último domingo por 1 a 0, com gol marcado de pênalti por Fábio Santos, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Os primeiros 45 minutos foram inteiros do Timão, com 311 passes certos trocados (contra 71), duas finalizações certas (e seis erradas), 11 desarmes certos, quatro cruzamentos, oito lançamentos, três interceptações e três viradas de jogo, com quase 68% da posse de bola, segundo dados do Footstats.

Mesmo sem chegar efetivamente ao gol, com chutes e grandes defesas de Tadeu, o Alvinegro mostrou que vem cada vez mais entrosando seus jogadores, principalmente do meio para a frente, onde, antes, havia muita cobrança - e com razão -, com tabelas e triangulações mais rápidas e voltadas para o balançar das redes.

Vítor Pereira, aliás, não pôde contar com Willian, que sentiu um desconforto muscular e foi cortado, assim como Júnior Moraes, ainda com quadro alérgico, além de Gustavo Silva, que segue com covid-19. Em outros setores do campo, outros desfalques permaneceram.

No entanto, no segundo tempo, a história foi diferente. O Corinthians não conseguiu mostrar a mesma intensidade ofensiva e não criou tramas para tentar ampliar o marcador e ficar tranquilo. Do outro lado, o frágil Goiás, apenas 16º colocado na tabela e que tem como ponto alto a sua defesa, não conseguiu atacar.

Aí é onde mora o problema. E se o Goiás conseguisse atacar? O jogo teria sido dessa forma? O Alvinegro tirou o pé muito antes da hora, resta saber os motivos para tal. Estratégia? Cansaço? Falta de vigor físico? É tudo isso junto, segundo o técnico Vítor Pereira.




Não há como, neste momento, cobrar o treinador por algo que ele não pode fazer. Ele até gostaria de fazer, mas não tem opções para tal. Em sua coletiva, majoritariamente falou-se sobre isso.

Em determinado momento, ele disparou: "Eu quero estar aqui mexendo? Eu sou treinador de estabilizar as coisas, mas como posso estabilizar? Próximo jogo, quem é o atacante que vai jogar?" - Róger Guedes, que levou o terceiro amarelo, está suspenso. Diante disso, não foram apenas três pontos, foi um ótimo resultado antes de uma sequência dificílima que vem a seguir.

O caminho está pavimentado, existe uma evolução clara, seja individual ou coletivamente, no trabalho de Vítor Pereira, mas os jogos poderiam ser “mais fáceis” - sem menosprezar qualquer adversário. Para isso, o elenco deveria ser muito mais equilibrado (em idade, qualidade e quantidade).

Agora, cutucando o rival no topo da tabela, o Corinthians inicia a preparação para a sequência mais difícil da temporada até aqui, com dois clássicos contra o Santos e um contra o Boca Juniors, por Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Realmente, tudo está à prova.

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