O técnico Carlos Alberto Restrepo reclamou com elegância após a sua Colômbia ser eliminada pelo Brasil nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, na noite desta quarta-feira, em Itaquera. Sem se exaltar, ele defendeu a expulsão do atacante Neymar por falta dura cometida em Roa, no primeiro tempo.
“O lance do Neymar, em circunstâncias diferentes, era para expulsão”, disse Restrepo, quando falava sobre outro assunto. Incitado a ser mais veemente, o treinador fez rodeios antes de enfatizar: “Não é segredo que o Neymar é um grande jogador, mas a falta que ele fez é desclassificável”.
O colombiano se referiu a um lance do final do primeiro tempo. Irritado porque a Colômbia não devolvera uma bola chutada para fora pelo também atacante Gabriel, para que ele recebesse atendimento médico, Neymar derrubou Roa violentamente. Levou apenas um cartão amarelo e um sermão do árbitro turco Cuneyt Cakir após a confusão que se iniciou.
“Não quero armar uma polêmica porque isso gera bronca entre os jogadores, e a nossa ideia é acalmar os ânimos. Temos que respeitar o público, ainda mais em Jogos Olímpicos, em uma partida entre duas equipes que jogam bem o futebol”, ressalvou Restrepo.
Se não foi expulso, Neymar sofreu uma série de faltas dos colombianos, que tiveram seis jogadores punidos com cartão amarelo. Temendo um vermelho, Carlos Alberto Restrepo substituiu os pendurados Barrios e Preciado por Pérez e Miguel Borja no intervalo.
“Estávamos quase amarrados para jogar o segundo tempo. Tentei limpar os nossos cartões nos setores neuróticos, como a contenção, para termos tranquilidade para jogar”, lamentou o treinador.
Micale rebate. Também educadamente.
Amigo de Restrepo, o técnico brasileiro Rogério Micale contestou a opinião de que Neymar merecia ter sido expulso nesta noite. “Discordo um pouco do meu colega”, disse, antes de chiar do jogo pegado. “Acho que a Colômbia, sim, deu uma exagerada no contato físico.”
