Botafogo vive momento político conturbado fora de campo
Por Gazeta Press
18/06/2019 às 21:19
Rio de Janeiro, RJ
Assim que o tema foi divulgado, alguns alvinegros ilustres rapidamente se manifestaram. Considerado presidente eterno do clube, Carlos Augusto Montenegro, campeão brasileiro em 1995, enviou carta ao presidente do Conselho Deliberativo do Botafogo, Edson Alves Júnior, cobrando explicações. Na visão dele as mudanças no Estatuto podem soar como uma tentativa de "golpe" e gerar desconforto para possíveis investidores.
Sócios do Itaú, João Moreira Salles e Walter Moreira Salles, que já contribuem com o clube financeiramente quando há necessidade de alguns projetos, chegaram a contratar uma auditoria junto à empresa Ernst & Young para averiguar a viabilidade de um projeto para resolver as questões financeiras e mudar o Botafogo de patamar no atual cenário do futebol brasileiro. Eles teriam ficado irritados com o movimento político.
Outros botafoguenses influentes na política do clube, como Marcelo Guimarães, candidato nas duas últimas eleições, criticaram a mudança.
Dentro de campo o elenco do Botafogo ganhou alguns dias de folga após a derrota de 1 a 0 para o Grêmio, que fez o time estacionar nos 15 pontos e ficar de fora do G-6, a zona de classificação para a Copa Libertadores. Porém, a data que vai marcar o retorno dos atletas vai variar de jogador para jogador. Isso por que, disposto a tornar o elenco mais homogêneo fisicamente, o clube preparou um modelo de ajuste das condições físicas do grupo.
Pelo planejamento, os jogadores que estiverem bem fisicamente, sem apresentarem grande risco de lesão e que fisicamente não apresentam problemas retornarão apenas em 24 de junho. Porém, atletas desgastados ou que estejam apresentando algum quadro de problema clínico retornarão antes, em escala que varia de jogador a jogador.