Categorias femininas da 27ª São Silvestrinha trouxeram histórias de superação e amor familiar - Gazeta Esportiva
Categorias femininas da 27ª São Silvestrinha trouxeram histórias de superação e amor familiar

Categorias femininas da 27ª São Silvestrinha trouxeram histórias de superação e amor familiar

Gazeta Esportiva

Por Thais Bueno

16/12/2023 às 13:11 • Atualizado: 16/12/2023 às 13:13

São Paulo, SP

A corrida mais aguardada pela criançada finalmente retornou. Após hiato de três anos, a São Silvestrinha, evento infanto juvenil para crianças e jovens de 4 a 17 anos, voltou a acontecer. A 27ª edição foi realizada na manhã deste sábado, na pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa Marechal Mário Ary Pires, na capital paulista.

A programação da São Silvestrinha começou cedo - às 6h45 (de Brasília), os adolescentes que correram já começaram a retirar seus kits. Uma hora depois, Allana Bernardo Peixoto, de 16 anos, entrou na pista de atletismo com apenas um objetivo em mente: vencer a categoria dos 600m feminino.

A jovem, que veio do Rio de Janeiro com um projeto de Saquarema, contou que começou no atletismo com 10 anos por meio das competições interescolares.

"O professor quis me inscrever e eu corri, primeiro, 100m. Aí depois de um tempo, eu vi também que existiam as corridas Pão de Açúcar em 2018 ou 2019. Uma foi no Rio e eu participei, consegui minha primeira medalha em uma corrida grande. Minha técnica tem um projeto de esportes na cidade, então ela organiza competições todo ano e eu continuei participando", disse.

Allana realizou a prova com uma bandagem laranja no joelho. Mesmo com o perigo de machucá-lo novamente, decidiu participar. "Eu tenho um problema no joelho, que surgiu quase um ano atrás. Esse ano eu comecei a fisioterapia e ela achou melhor colocar para estabilizar".




Ao longo de seus 27 anos, a São Silvestrinha também tem servido para revelar destaques. Um dos grandes exemplos é o mineiro Franck Caldeira. Depois de disputar a competição, Caldeira pegou gosto pelo esporte conquistou o título da Corrida Internacional de São Silvestre de 2006 e a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, entre outros.

Allana, com seus 16 anos, pode seguir os passos de Franck. "Antes era um hobby, mas agora eu tenho conversado com a minha mãe e penso em seguir carreira, mas não em corridas muito longas, porque gosto de coisas mais curtas. Ajuda muito a aliviar o estresse - eu sempre alivio correndo".

Já nas categorias mais novas, uma cena chamou a atenção. Após o término da prova feminina de 11 a 13 anos, Cecília de Oliveira correu para os braços do pai e da mãe e começou a chorar. Por conta do forte calor, as lágrimas secaram rapidamente. Porém, a emoção em abraçar os pais após uma conquista ficou eternizada.

"Eu me emocionei porque fazia muito tempo que eu não corria. E aí conseguir correr esses 300 metros e chegar em primeiro lugar é uma conquista muito grande para mim. Principalmente com o sol batendo direto assim, sem nenhuma sombra", contou ela.

A jovem de 12 anos concluiu: "Eu nunca tinha corrido na São Silvestrinha. Eu gosto de correr desde pequena, sempre brinquei muito no condomínio. Eu não sei se vou seguir carreira, essa corrida me motivou bastante, mas vou ver. Mas eu gostei muito e ano que vem volto, se tudo der certo".

Cecília terminou em primeiro na categoria dos 300 m da São Silvestrinha (Foto: Thais Bueno/Gazeta Esportiva)

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