Olegário Tolói de Oliveira, mais conhecido como Dudu, entrou para um seleto grupo de ídolos palmeirenses que ficarão eternizados no clube. Na tarde desta segunda-feira, dia em que comemora 77 anos, o ex-volante – craque do Verdão nas décadas de 1960 e 1970 - foi homenageado com um busto nas alamedas do Palestra Itália.
A estátua do eterno camisa 5 se junta a de outras cinco lendas do Palmeiras: Junqueira, Waldemar Fiúme, Ademir da Guia, Oberdan Cattani e Marcos. As últimas duas foram homenagens realizadas na gestão do presidente Paulo Nobre.
Além do presidente do clube, Paulo Nobre, e seu primeiro vice, Maurício Galiotte, compareceram à cerimônia Ademir da Guia e Edu Bala, companheiros de Dudu na época das Academias, o ex-goleiro Sérgio, amigos e familiares do ex-jogador.
“Não tenho palavras para agradecer o que a diretoria está fazendo por mim, pela presença dos amigos, parentes e atletas companheiros meus. É uma alegria muito grande a que eu estou sentindo agora. É difícil eu balançar, mas hoje eu balancei. Estou muito emocionado”, agradeceu o craque Dudu.
Dudu nasceu na cidade de Araraquara, no interior paulista, e chegou ao Palmeiras em 1964, após se destacar pela Ferroviária. O busto do ex-volante foi colocado ao lado do de Ademir da Guia, com quem fez dupla notável no meio-campo da Primeira e da Segunda Academias, alcunha dada ao Verdão em função do futebol vistoso apresentando nas décadas de 60 e 70, respectivamente.
Como jogador, Dudu conquistou nove títulos pelo Palmeiras: Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), Taça Brasil (1967), Campeonato Brasileiro (1972 e 1973), Torneio Rio-São Paulo (1965) e Campeonato Paulista (1966, 1972 e 1974).
Ainda marcou 25 gols, em 609 jogos disputados com a camisa alviverde. Em 1976, após encerrar a carreira como atleta, tornou-se o técnico da equipe e faturou o troféu do Paulistão daquele ano.
O título do Estadual de 1974, em cima do Corinthians, é o mais especial nas memórias de Dudu. Na ocasião, o Palmeiras venceu o Timão por 1 a 0, com mais de 100 mil torcedores alvinegros no Morumbi, estendendo a agonia do arquirrival, que não erguia um troféu já há 19 anos.
"Todo título é bonito, mas aquele contra o Corinthians, no Morumbi, acredito que teve bastante importância, porque o Corinthians era o nosso maior rival, a diretoria sempre queria que ganhássemos deles, e aquele jogo de 74 - acabei desmaiando - foi emocionante para mim e ficou na frente dos demais", afirmou Dudu, elogiando a gestão de Paulo Nobre e esperançoso de que as próximas diretorias mantenham o clube na disputa por títulos.
"Quero agradecer você e a sua diretoria por ter levantado esse clube. Você, com os companheiros de diretoria, é um orgulho para nós. O palmeirense é de origem italiana, e italiano é orgulhoso. Temos de ficar lá em cima. O Palmeiras sempre foi forte, como está hoje. Nós tivemos uma fase meio em baixa, mas agora tenho certeza que os próximos dirigentes que vierem vão deixar sempre a equipe nessa posição. Tenho certeza que daqui para frente o Palmeiras vai ser sempre assim, disputando título", concluiu.
