O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) falou em coletiva sobre o cancelamento da prova. Segundo ele, a prefeitura enviou tudo o que foi necessário para comprovar que seria possível receber a etapa em Interlagos ainda neste ano, mas respeitou a decisão adotada pela F1.
"Ao longo das últimas semanas, enviamos todos os dados para organização do evento mostrando que a realidade da cidade de São Paulo é diferente da realidade brasileira. A projeção mostra que em novembro nós estaremos em situação bem melhor do que estavam países europeus que já tiveram provas agora", declarou Covas.
"Destacamos que as autoridades sanitárias do Estado e município desenvolveram um protocolo para realização de eventos automobilísticos. Não há proibição da realização em São Paulo, desde que seja sem público. Fomos notificamos da decisão, é uma decisão que afeta toda a América, então a respeitamos. Continuamos as tratativas para a prorrogação do contrato a partir do ano que vem", completou.
O contrato com São Paulo se encerra ao final deste ano e ainda não foi renovado, o que pode fazer com que a prova fique de fora do calendário da Fórmula 1 nos próximos anos. No Rio de Janeiro, local que pode substituí-la, as obras para um novo circuito ainda não começaram.
A suspensão faz com que o GP do Brasil deixe de ser realizada na principal categoria do automobilismo mundial após 47 anos. A primeira edição aconteceu em 1972 como um evento teste, mas já passou a valer pontos a partir do ano seguinte.
Entre 1973 e 1977, a prova foi disputada em Interlagos, no Estado de São Paulo, porém foi para o Rio de Janeiro em 1978. Em 1979 e 1980, o GP voltou a ter sede paulista, mas retornou ao Rio entre 1981 e 1989. Foi só a partir de 1990 que a etapa passou a ser realizada novamente em Interlagos até os dias atuais.
Com o anúncio, a Fórmula 1 chega ao total de 11 corridas canceladas entre 22 previstas para a temporada: Austrália, Holanda, Mônaco, França, Canadá, Azerbaijão, Singapura, Japão, EUA, México e Brasil.
