Ícone do pugilismo brasileiro, jornalista Newton Campos morre aos 96 anos - Gazeta Esportiva
Ícone do pugilismo brasileiro, jornalista Newton Campos morre aos 96 anos

Ícone do pugilismo brasileiro, jornalista Newton Campos morre aos 96 anos

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/02/2022 às 19:04 • Atualizado: 14/02/2022 às 19:19

São Paulo, SP

Fundamental no desenvolvimento do boxe no Brasil, o jornalista Newton Campos morreu aos 96 anos na madrugada desta segunda-feira, em sua casa, na cidade de São Paulo.

Newton era presidente da Federação Paulista de Boxe há 30 anos ininterruptos, sendo que foi mandatário pela primeira vez há mais de 50 anos. Sua importância era tamanha que ocupava o cargo de vice-presidente honorário do Conselho Mundial do Boxe, que também ajudou a fundar.

O órgão internacional, inclusive, manifestou-se após a morte de Newton. Na publicação em homenagem ao jornalista, o Conselho citou as lutas em que o profissional atuou como jurado e prestou "sinceras condolências à família e aos amigos" do falecido.




Newton foi jornalista de A Gazeta Esportiva e idealizou o Campeonato Popular, que seria posteriormente chamado de Forja dos Campeões. O torneio organizado pelo jornal revelou os principais nomes do boxe brasileiro, como Éder Jofre, Servílio de Oliveira, Miguel de Oliveira e Adilson Maguila Rodrigues. Ainda hoje, é o evento mais importante do calendário amador do esporte no país.

Newton foi a única testemunha ocular brasileira de um dos grandes eventos da história do boxe. No dia 30 de outubro de 1974, os pesos-pesados americanos Muhammad Ali e George Foreman fizeram "A Luta do Século" para mais de 100 mil pessoas em um estádio na cidade de Kinshasa, a capital do Zaire (atual República do Congo). Na ocasião, o jornalista foi o enviado de A Gazeta Esportiva para cobrir o majestoso combate.

Nascido em São Carlos, no interior de São Paulo, Newton iniciou sua trajetória no jornalismo esportivo ainda na década de 1940. O ícone do pugilismo deixa dois filhos e um neto.

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