Troféu organizado sob a bandeira #somosatletismo homenageia Adhemar Ferreira da Silva - Gazeta Esportiva
Troféu organizado sob a bandeira #somosatletismo homenageia Adhemar Ferreira da Silva

Troféu organizado sob a bandeira #somosatletismo homenageia Adhemar Ferreira da Silva

Gazeta Esportiva

Por Redação

02/04/2024 às 12:39

São Paulo, SP

Realizado sob a bandeira #somosatletismo, com a participação de atletas federados e universitários, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva Loterias Caixa de Atletismo é categoria “E” da World Athletics — mais uma oportunidade para a busca de pontos no Ranking da corrida olímpica até os Jogos de Paris. Por conta disso, o evento leva o nome do bicampeão olímpico e ídolo do atletismo, que foi organizador, por anos, de competições universitárias.

Um total de 870 atletas se inscreveram no evento que será realizado de sexta-feira a domingo, no Estádio do Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, na cidade de Bragança Paulista, com transmissão da TV Atletismo Brasil.

Filho da cozinheira Augusta Nóbrega da Silva e do ferroviário Antônio Ferreira da Silva, nascido no dia 29 de setembro de 1927, Adhemar é um dos maiores heróis do atletismo e do esporte nacional e internacional. Recordista mundial em cinco oportunidades, vencedor do salto triplo nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952 e Melbourne-1956 e dono de três medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, entre dezenas de outros títulos, ele morreu em 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos.

O grande campeão começou sua carreira aos 19 anos, orientado pelo treinador alemão Dietrich Gerner, do São Paulo. Treinava no horário de almoço e no intervalo do trabalho. Em 1949, saltou 15,51 m e se tornou recordista sul-americano. Em 1950, igualou a marca mundial, que perdurava desde 1936, saltando 16,00 m. Em 1951, conquistou seu primeiro título pan-americano em Buenos Aires.

Adhemar revolucionou o salto triplo, direcionando sua atenção para o segundo salto, até então apenas um impulso para o terceiro, e foi muito superior aos concorrentes durante anos. Ele abriu a tradição brasileira da especialidade, seguido de Nelson Prudêncio, prata nas Olimpíadas da Cidade do México-1968 e bronze em Munique-1972; João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980; e Jadel Gregório, atual recordista brasileiro e sul-americano (17,90 m).



A vida do bicampeão olímpico não se resume somente ao esporte. Ele também se formou em Educação Física, Direito e Relações Públicas, foi escultor, ator na peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes, e no filme franco-italiano “Orfeu Negro”, e adido cultural na embaixada do Brasil em Lagos, na Nigéria. Depois de aposentado nas pistas, com quatro olimpíadas na carreira (disputou ainda Londres-1948 e Roma-1960), trabalhou como servidor público estadual, no esporte da UniSant’Anna e na organização de eventos nacionais e internacionais no Brasil.

Adhemar recebeu o título de “Herói de Helsinque”, em 1993. Em 2000, foi agraciado com o Mérito Olímpico pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 2012, passou a integrar o Hall da Fama do Atletismo da World Athletics. E faz parte do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil. O troféu entregue anualmente pelo COB aos destaques na história do esporte olímpico brasileiro leva o nome Adhemar Ferreira da Silva.

Adhemar Ferreira da Silva também está no Panteão Tancredo Neves, livro reservado aos heróis brasileiros, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (Lei 14.575/2023, sancionada em 11/5/2023).

O Troféu Adhemar Ferreira da Silva Loterias Caixa de Atletismo terá transmissão ao vivo pela TV Atletismo Brasil, por meio do YouTube da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e a entrada para o público é gratuita. O Centro Nacional fica na Estrada Municipal Antônio Franco de Lima, 64 (acesso pela Rodovia Alkindar Monteiro, km 50,5 — SP 063), no bairro do Campo Novo.

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