Entenda porque o turfe foi o único esporte que não parou no Brasil - Gazeta Esportiva
Entenda porque o turfe foi o único esporte que não parou no Brasil

Entenda porque o turfe foi o único esporte que não parou no Brasil

Gazeta Esportiva

Por Redação

06/07/2020 às 09:52 • Atualizado: 06/07/2020 às 15:39

São Paulo, SP

Nos últimos meses, o mundo vem atravessando um período difícil, e um dos setores mais prejudicados foram as competições esportivas. Estávamos acostumados a ligar a TV e assistir a campeonatos de futebol estaduais, jogos da Superliga de Vôlei, ou a Fórmula 1. No entanto, estas e diversas outras competições estiveram completamente suspensas.

Apesar disso, houve uma modalidade esportiva que não paralisou suas atividades, pelo menos não no Brasil, o Turfe. Apesar de não contar com o apoio do público nas arquibancadas, as corridas de cavalo continuaram a ocorrer e a serem transmitidas diretamente do Jockey Clube de São Paulo.



Por que o Turfe não parou?

O motivo para manter as competições em funcionamento foi bem simples: como as profissões dos jóqueis e treinadores são consideradas autônomas, eles pediram para que as competições continuassem, pois é a partir dos resultados das corridas que eles retiram sua renda mensal.

Os profissionais alegam que o risco de transmissão que ocorreria durante uma corrida não seria maior que o risco diário no tratamento dos animais no hipódromo. De acordo com José Pires, diretor de turfe do Jockey Club, "as pessoas têm que vir diariamente ao jóquei para dar cuidado aos animais. Os animais precisam de cuidado todos os dias. Essas pessoas já estão vindo todos os dias aqui, ficando algumas horas, para dar os cuidados aos animais. Ter a corrida é a mesma coisa que uma manhã normal aqui, até menos, porque tem menos gente. E os treinos têm que continuar, porque se não tiver o treino matinal os animais vão adoecer".

Medidas de Prevenção

A ideia de manter as disputas teve a adesão de todos os profissionais envolvidos, e as provas ocorrem com um número reduzido de animais e jóqueis. Como medida de segurança, o Jockey Club fechou os guichês de aposta física, o que quer dizer que as casas de apostas de turfe online vêm sendo uma ótima alternativa para entusiastas continuarem dando pitacos do conforto do seu lar. Além disso, o clube dispensou os funcionários que fazem parte do grupo de risco, além de reduzir a equipe de plantão no hipódromo para apenas 15 pessoas.

Origem das corridas de cavalo

O Turfe tem sua origem na Inglaterra no século XVII, época em que as corridas de cavalo começaram a aparecer. Com a popularização das corridas, os cavalos passaram a ser o alvo das atenções, e os ingleses começaram a importar os animais de diversas partes do mundo, principalmente do Oriente Médio e da África. Dessa forma, eles também realizavam cruzamentos para obter um espécime perfeito para as corridas: os famosos cavalos puro-sangue.

Já no Brasil, a prática esportiva chegou no século XIX e viveu seu auge em meados do século XX. Atualmente o esporte não conta com tanta popularidade, mas continua firme e forte e tem o status de “esporte de elite”, sendo movido principalmente pelas apostas que nele são realizadas. As disputas realizadas são chamadas de páreo, e em competições no Jockey Club, por exemplo, são realizados vários páreos. Entre eles, há um intervalo para que as apostas sejam realizadas. No Brasil está prática esportiva é regularizada através da Lei 7291/84, que prevê uma regulamentação desde o recolhimento das apostas, até a criação dos cavalos.

Os entusiastas do Turfe vêm buscando alternativas para trazer a modalidade esportiva de volta a uma posição de destaque, principalmente pelo potencial de geração de empregos que o esporte tem. Um destes entusiastas é o empresário Renato Bonfiglioli Muolo que afirma que “o momento é extremamente promissor. Acredito em um turfe forte e com cada vez mais competidores e amantes. Trata-se de um esporte lindo e apaixonante.  O turfe é uma grande indústria de geração de emprego. Infelizmente, muitas pessoas, por desconhecimento, não enxergam a modalidade de forma positiva. No entanto, é interessante refletir sobre a cadeia que esse esporte sustenta, desde o processo de cobertura até as competições. Acredito que centenas de milhares de pessoas estejam envolvidas direta ou indiretamente no mercado que envolve o esporte”.

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