"Ele nem falou nada. Me colocou lá, treinei e joguei”, resumiu Paulo Ricardo. A adaptação na nova função ainda tem sido encarada como uma fase nova na sua carreira. O jogador, no entanto, nem pensa em reclamar por estar sendo utilizado em uma posição diferente da que está habituado.
"Fazia muito tempo que não jogava de volante. Atuei três vezes na base assim, ano passado. É difícil se acostumar. Como zagueiro você faz diferente. Me sinto cada vez mais a vontade, mas ainda tem muito a evoluir", explicou, deixando claro que o que importa, na sua visão, é estar em jogando.
"Estou à disposição. O que queremos é estar em campo. Não importa como. Claro que têm funções que não conseguimos fazer. Ali, como volante ou zagueiro, vou dar meu máximo. Já treinei até de lateral, mas foi só uma hipótese. É volante e zagueiro mesmo", analisou.
Em quatro partidas à frente do Peixe desde seu retorno, Dorival Jr só não utilizou Paulo Ricardo no clássico contra o Palmeiras, justamente na única derrota da equipe sob seu comando. Nos demais compromissos, vitória por 3 a 0 em cima do Figueirense, outra por 2 a 0 diante do Joinville, além de vencer o Sport por 3 a 1, pela Copa do Brasil.
Com Paulo Ricardo em campo nestes três jogos, o Peixe, que tem a segunda pior defesa do Campeonato Brasileiro, junto com o Avaí, com 22 gols sofridos, foi vazado apenas uma vez, e em cobrança de falta. "Só faço o que o Dorival pede. Posiciono mais perto da zaga. Quero ajudar a equipe e é coincidência tomar menos gols. O Dorival tem montado o time muito bem. Daqui pra frente, se tudo der certo, vai melhorar", comentou o atleta, evitando elogiar a si próprio.
Antes desta série com Dorival Jr, Paulo Ricardo chamou atenção ao estrear no Campeonato Paulista exatamente na primeira final contra o Palmeiras, no Allianz Parque lotado. Apesar de ter cometido um pênalti, que resultou em sua expulsão, a partida individual da jovem aposta alvinegra repercutiu muito bem. Com mais espaço no time, agora o defensor admite que já não é mais o mesmo desde aquele clássico.
"Mudou bastante. Acredito que a expulsão não tenha mudado. O jogo que eu fiz me ajudou bastante. No desempenho do jogo anterior, contra o Londrina (pela Copa do Brasil). Não quis falar muito. O que diz é meu desempenho, que me deu outras oportunidades", lembrou.
Para a partida desde domingo, contra o Flamengo, no Maracanã, Paulo Ricardo ainda não sabe se será mantido ao lado de Renato, já que Thiago Maia já pode retomar sua posição. O jogador lembra que já fez sua estreia no mítico estádio Carioca espera poder ajudar o Santos a emplacar uma sequência de bons resultados.
"Joguei contra o Fluminense lá. Meu quarto jogo no ano, derrota por 2 a 1. Caso eu continue, se for o mesmo time, espero fazer grande jogo. Espero que a gente saia com a vitória e se distancie da zona de rebaixamento", afirmou.
O Santos inicia a rodada em 15º, três pontos acima do Z-4, enquanto o rubro-negro é o 11º, com 19 pontos em 15 rodadas.
