Com camisa de Bashar al-Assad, trio da seleção defende presidente da Síria - Gazeta Esportiva
Com camisa de Bashar al-Assad, trio da seleção defende presidente da Síria

Com camisa de Bashar al-Assad, trio da seleção defende presidente da Síria

Gazeta Esportiva

Por Redação

16/11/2015 às 14:35

São Paulo, SP

Syria's head coach Fajr Ibrahim (L) and footballer Osama Omari (R) pose with a tee-shirt bearing the portrait of Syrian President Bashar al-Assad after their pre-match press conference for the 2018 FIFA Group E World Cup qualifier in Singapore on November 16, 2015. Syria will play against Singapore at the national stadium on November 17.  AFP PHOTO/ROSLAN RAHMAN
Fajr Ibrahim, treinador da seleção da Síria, e Osama Omari, capitão da equipe, concederam entrevista coletiva usando uma camisa que estampava a fota de Bashar al-Assad, presidente do país (Foto: AFP/ROSLAN RAHMAN)


Nesta segunda-feira, dirigente, treinador e jogador da seleção Síria concederam uma coletiva às vésperas do confronto com Cingapura, pelas Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Até aí, nada de diferente, mas o detalhe ficou por conta da vestimenta do trio entrevistado: camisetas que estampavam o rosto de Bashar al-Assad, presidente do país.

O apoio ao chefe de estado sírio surge logo após os atentados em Paris do grupo terrorista Isis, revoltado contra al-Assad. A facção também estabeleceu o Estado Islâmico na fronteira com o Iraque.

Fajr Ibrahim: "Eu me preocupo com meu país. Todo mundo luta contra nós" (Foto: AFP PHOTO/ROSLAN RAHMAN)
Fajr Ibrahim: "Eu me preocupo com meu país. Todo mundo luta contra nós" (Foto: AFP PHOTO/ROSLAN RAHMAN)


“Sim, este é o nosso presidente. Temos orgulho porque o senhor Bashar al-Assad é nosso presidente. Temos orgulho porque este homem luta contra todos os grupos terroristas do mundo. Ele luta por vocês também. Ele é o melhor homem do mundo. Nosso presidente, ele nos segue a cada passo. Ele nos apoia. Estamos aqui pelo nosso país e por ele também”, disse Fajr Ibrahim, treinador da seleção síria, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O técnico desconversou sobre os ataques terroristas da última sexta. “Não estou falando sobre Isis. Isso é política. Se você tem alguma questão sobre Cingapura e Síria, ok”.

Entretanto, após mais perguntas sobre o massacre, Fajr Ibrahim foi contundente. “Este é nosso presidente, isto é nosso. Não ligo para a França, para lugar algum. Eu me preocupo com o meu país. Todo o mundo luta contra nós. Então, lutamos contra todo mundo no futebol. Por isso, precisamos nos qualificar”, disse o treinador.

Após a coletiva do trio sírio, foi a vez de o treinador de Cingapura, o alemão Bernd Strange conceder entrevista. O técnico não se omitiu a respeito do massacre em Paris e contou que seus filhos estavam no Stade de France para assistir à partida.

“Meus filhos pediram para ir ao jogo. Eu falei com o Olivier Bierhoff para reservas duas entradas e o hotel. Eles nem conseguiram pegar os bilhetes, o hotel estava fechado por causa da ameaça de bomba, por precaução. Às cinco da tarde, eles pegaram os bilhetes, estavam a caminho do estádio e me acordaram à noite, estavam no meio desse problema. Eles andaram 11 quilômetros depois do jogo para voltar e chegaram às 4h da manhã no hotel. Minha família, minha esposa, todos estavam muito, muito nervosos. Eu tinha tão boas memórias, no sábado, o futebol era secundário. Esqueci tudo, até o jogo contra o Japão. Estava feliz que eles estavam em segurança. Estive pessoalmente envolvido com isso. Eles já saíram da França”, disse Bernd Stange.

Syria's head coach Fajr Ibrahim (L) greets Singapore football team's German head coach Bernd Stange (R) after a pre-match press conference for the 2018 FIFA Group E World Cup qualifier in Singapore on November 16, 2015. Syria will play against Singapore at the national stadium on November 17.  AFP PHOTO/ROSLAN RAHMAN
Fajr Ibrahim cumprimenta o alemão Bernd Stange, técnico de Cingapura (Foto: AFP/ROSLAN RAHMAN)

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