Aidar irá renunciar à presidência do São Paulo na terça-feira - Gazeta Esportiva
Aidar irá renunciar à presidência do São Paulo na terça-feira

Aidar irá renunciar à presidência do São Paulo na terça-feira

Gazeta Esportiva

Por Redação

11/10/2015 às 11:14 • Atualizado: 11/10/2015 às 14:12

São Paulo, SP

Aidar estava isolado politicamente e em meio à diversas polêmicas no clube (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)
Aidar estava isolado politicamente e em meio à diversas polêmicas no clube (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)


Carlos Miguel Aidar colocará um ponto final em sua trajetória como presidente do São Paulo e renunciará ao cargo na próxima terça-feira. O mandatário vinha sendo ameaçado de deposição e perdeu a base aliada no clube devido as denúncias feitas pelo ex-vice de Futebol, Ataíde Gil Guerrero.

Antes, porém, Aidar fará uma reunião com dirigentes e lideranças políticas do Tricolor. “Já convoquei. Tanto os diretores renunciantes como os líderes de partidos. Se o conselho ainda estiver aberto, protocolo a renúncia na terça à noite", afirmou o dirigente, ao portal UOL.

Assim que a renúncia for oficializada, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo do clube, assumirá a presidência interinamente e terá 30 dias para convocar novas eleições. Em entrevista à TV Globo, ele já admitiu que deverá ser candidato ao pleito.

O estopim da crise na direção são-paulina ocorreu na última segunda-feira, quando Ataíde acertou um soco em Aidar, em uma briga que ocorreu em um hotel da capital paulista. Demitido pelo então chefe, o dirigente elaborou um dossiê com uma série de acusações contra Aidar, entre elas, a de desvio de dinheiro em diversas negociações de jogadores.

Após a demissão de Ataíde, na terça-feira, Aidar demitiu toda a sua diretoria de futebol para que compor uma nova cúpula de futebol no São Paulo. Desde então diversos grupos políticos, inclusive os de sua base aliada, retiraram o apoio ao dirigente e exigiram sua saída.

A suspeita mais recente, a contratação do zagueiro Iago Maidana, poderá render até mesmo punições ao próprio clube. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) analisará o caso e, se comprovar irregularidades, poderá impedir o Tricolor de contratar novos jogadores por um determinado período.

A renúncia de Aidar marca o fim de um ciclo que teve início após o dirigente se afastar do São Paulo durante 24 anos. Presidente em dois mandatos na década de 1980, o mandatário voltou ao clube com apoio do antecessor Juvenal Juvêncio, que barrou os outros pré-candidatos à presidência do clube no ano passado, Júlio Casares e Roberto Natel. Posteriormente, Juvenal e Aidar romperam relações e se afastaram politicamente.

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