Fórmula 1 2018: o que mudou - Gazeta Esportiva
Fernanda Lucki Zalcman
São Paulo, SP
03/22/2018 13:00:30
 

A cada ano, a Fórmula 1 dá largada à nova temporada com novidades. Para 2018, a FIA apresentou mudanças em algumas regras, seguindo as pretensões do Liberty Media de aproximar cada vez mais a modalidade dos fãs. A principal alteração, porém, foi na estética dos carros, o que causou bastante polêmica entre as construtoras. Confira os principais destaques.

Entra o Halo e sai a barbatana  

Sebastian Vettel testou o Halo em março de 2017 (Foto: Eric Alonso/AFP)

A segurança dos pilotos é sempre um assunto muito delicado e debatido na Fórmula 1. Para esta temporada, a principal mudança foi justamente nesse quesito, já que FIA confirmou uma mudança no cockpit: a introdução do Halo, um conjunto de hastes que formam um dispositivo de proteção para a cabeça dos pilotos.

Outra opção de segurança testada no ano passado, o shield, preferido da maioria das equipes, foi descartado depois dos testes realizados por Sebastian Vettel, alegando que a imagem tida através do shield fica um pouco distorcida.

Mesmo assim, o Halo foi muito criticado, especialmente pela sua parte estética, e teve nove das dez equipes contra sua utilização. A única que se posicionou a favor, foi a Ferrari.

Outra diferença nos carros será na parte traseira, com o fim das chamadas “barbatanas de tubarão”, uma espécie de asa que tinha voltado a ser usada em 2017.

Confira os carros de cada equipe para 2018

Quantidade de motores

Em 2017, cada piloto tinha a sua disposição quatro unidades de potência para todas as corridas do ano. Nesta temporada, serão apenas três por piloto para os 21 Grandes Prêmios, sendo que a partir da utilização de uma quarta peça, haverá punição.

A justificativa da F1 é o desejo em tornar as unidades de potência mais confiáveis e também mais baratas. Com a mudança, as equipes terão uma oportunidade a menos de introduzir atualizações de potência e energia. Assim, a organização entende que as equipes que melhor gerenciarem seu desenvolvimento ao longo terá levarão vantagem e serão recompensadas pelo resultado ao fim da temporada.

Punições menos rigorosas e mais simples

FIA apresentou um sistema de punições mais simples (Foto: Divulgação/Fórmula 1)

Antecipando que vários pilotos não conseguirão completar todas as provas com um motor a menos que ano passado, a FIA alterou o sistema de contagem das punições.

No sistema antigo, a mudança nas unidades de potência poderia resultar em um acúmulo de perdas de posições no grid, muitas vezes maior que o próprio número de carros presentes na corrida.

A partir desta temporada, qualquer piloto que for punido com pelo menos 15 posições – isto é, mude duas partes da unidade de potência – largará automaticamente da última posição do grid. Em caso de mais de um piloto sofrer esse tipo de punição no mesmo fim de semana, aquele que tiver feito as mudanças por último partirá do fim da fila. Assim, a colocação destes pilotos nos treinos classificatórios não importará.

Maior gama de pneus

Serão sete tipos diferentes de pneu no total (Foto: Divulgação/Fórmula 1)

A fornecedora oficial dos pneus da categoria, a Pirelli, aumentará sua gama de compostos para a temporada de 2018. No total, serão sete pneus, dois a mais que anteriormente.

As novidades são: o pneu hipermacio, de cor rosa, mais mole que o atual ultramacio, e o superduro, de cor laranja, mais rígido que o atual duro.

Portanto, os compostos para esta temporada serão: hipermacio (rosa), ultramacio (roxo), supermacio (vermelho), macio (amarelo), médio (branco), duro (azul) e superduro (laranja).

Segundo a Pirelli, esses pneus serão mais macios que os da temporada passada e os mais rápidos da história. Um dos principais motivos é tornar as corridas mais emocionantes e ter corridas com mais de um pit-stop – como aconteceu em grande parte delas em 2017.

Grid girls x Grid kids

Grid girls serão substituídas por Grid kids (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Mais um polêmico anúncio foi tomado pelo Liberty Media – detentora dos direitos da F1 desde o início do ano passado – no fim da última temporada. A categoria decidiu pelo fim das “grid girls” nas provas em 2018.

De acordo com a determinação, o desfile das mulheres antes das corridas não condiz com os valores e a imagem que o Liberty quer passar aos fãs da categoria.

Para suprir essa ausência, a F1 optou por ter “grid kids”. Ou seja, a cerimônia prévia às corridas terá a presença de crianças, que serão pilotos de kart escolhidos por mérito ou aleatoriamente e estarão acompanhadas de seus pais ao lado dos pilotos no grid.

Mudança no calendário

Alemanha volta a figurar no calendário da F1 (Foto: Thomas Kienzle/AFP)

A temporada de 2018 será a mais longa da história. Assim, será a primeira vez que a F1 terá três corridas acontecendo em finais de semanas seguidos: França dia 24 de junho, Áustria dia 1º de julho e Inglaterra dia 8 de julho.

Além disso, o Grande Prêmio da França retorna ao circuito após 10 anos, no circuito de Paul Ricard, que não era usado pela categoria desde 1990. E Hockenheim, na Alemanha, também volta a figurar no calendário após ficar um ano fora.



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