“A instituição tomou a decisão de fazer essa homenagem respeitando o eterno capitão, sua família, a posição dele aqui dentro da Seleção. E acredito que qualquer homenagem é válida e aceitável”, disse Daniel Alves, sem se aprofundar, logo em sua primeira resposta na coletiva de imprensa desta terça.
Em seguida, porém, o jogador foi abordado sobre a falta de manifestação dos atuais atletas que vestem a camisa canarinho à época do falecimento de Carlos Alberto Torres. Apenas Gabriel Jesus acabou postando sua homenagem em uma de suas redes sociais. Daniel Alves, então, criticou a cobrança e questionou a importância de uma publicação na internet.
“Eu acredito que obrigação em nenhum caso é prazerosa. Eu tive sorte de poder falar pessoalmente tudo que eu pensava dele, do que ele fez aqui dentro da Seleção e vou um pouco mais além, acredito que se as pessoas são boas, se você ama, admira, tem que falar isso em vida, não tem que esperar falecer para mostrar em uma rede social, que para mim é uma coisa fria em que as pessoas ficam ali preocupadas com seguidores. Eu penso diferente, não acredito que pode ser uma cobrança”, opinou o atleta da Juventus, usando até o ex-goleiro da Seleção na Copa do Mundo de 1950 como exemplo.
“Na vida a gente tem que pegar as coisas boas das pessoas e, no mento que você tem a oportunidade, falar para a pessoa o quão boa ela foi, o legado que ela deixou. Eu lembro o famoso Maracanazo do Barbosa (goleiro do Brasil que ficou marcado pela derrota diante do Uruguai). Quando você fala de esporte coletivo, não pode culpar um. E depois eu fui ler sobre o Barbosa. Eu acredito que houve um antes e depois do Barbosa, que independente daquela situação, deixou um grande legado para os goleiros. E é com isso que a gente tem que se contentar, com o legado que as pessoas deixam, e não com as falhas. É como eu penso”, concluiu Daniel Alves.