Sentindo-se lesado moralmente, o argentino Jonás Gutiérrez decidiu apelar à Justiça para lutar por seus direitos. Atualmente no Deportivo La Coruña, da Espanha, o jogador, que enfrentou tratamento para curar um câncer nos testículos na última temporada, pede por indenização de 2,7 milhões de euros (cerca de R$ 11,9 milhões) ao ex-clube, Newcastle, alegando ter sido discriminado à época da renovação contratual.
Segundo o jornal The Sun divulgou, Gutiérrez se sentiu discriminado por conta da doença. “O que senti nos últimos tempos de Newcastle foi uma discriminação por parte da minha doença. Principalmente depois da operação e durante o tratamento. Nos cinco primeiros anos que joguei na equipe praticamente não me ausentei uma só vez”, declarou, tentando usar o comprometimento como álibi.
“A partir do sexto ano no clube, quando comecei a temporada como titular, tive uma lesão muscular e, quando voltei, me diagnosticaram com um tumor no testículo. Quando voltei da operação, disseram para eu procurar outro clube. Não são coisas normais para um jogador que perdeu poucos jogos em seus cinco primeiros anos”, reclamou em coletiva de imprensa.
Com base na lei de igualdade que vigora no Reino Unido desde 2010, Gutiérrez espera reaver seus direitos junto ao clube. Aos 32 anos, o argentino aproveitou para disparar contra a conduta dos dirigentes do clube inglês. “Nunca foram capazes de falar as coisas, terminaram me dizendo por telefone que eu não ia continuar. Vou ser eternamente agradecido à torcida, aos jogadores e funcionários, mas tem gente que lá que não me mandou mensagem desde a operação”, falou.
Dizendo que, a partir da doença, aprendeu a como apoiar um jogador, por conta da torcida, e como deixar um jogador mal amparado, por conta da diretoria do Newcastle, Jonas Gutiérrez voltou aos gramados no fim da última temporada após um longo tratamento quimioterápico. Foi dele, inclusive, o gol que fez o Newcastle vencer o West Ham na última rodada e se manter na elite do futebol inglês.
