Análise: Vítor Pereira erra e conserta em jogo em que o simples deveria ser regra - Gazeta Esportiva
Análise: Vítor Pereira erra e conserta em jogo em que o simples deveria ser regra

Análise: Vítor Pereira erra e conserta em jogo em que o simples deveria ser regra

Gazeta Esportiva

Por Redação

07/08/2022 às 07:00

São Paulo, SP

Por Marina Bufon

Foram dois tempos bem diferentes disputados pelo Corinthians, contra o Avaí, na Ressacada, na noite do último sábado. Diante disso, o placar terminado em 1 a 1 foi justo, em jogo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico Vítor Pereira, preservando jogadores por conta dos duelos passado e futuro contra o Flamengo, pela Libertadores, mandou a campo uma equipe alternativa, com uma defesa conhecida, formada por Cássio, Rafael Ramos, Gil, Balbuena e Fábio Santos; um meio-campo formado por Cantillo, Roni e Giuliano e um trio de ataque diferente, com Gustavo Silva, Lucas Piton e Róger Guedes.

Não deu certo. Fábio e Piton não foram bem atuando quase em conjunto pelo lado esquerdo, um mais atrás e outro mais à frente (Piton mais móvel), com várias jogadas iniciadas por ali com Pottker.

Giuliano mais uma vez não foi bem - deu uma finalização errada, um cruzamento errado e um drible errado, mas deu uma assistência para finalização e fez um desarme. Outra coisa que não funcionou foi o ataque, com Mosquito e Guedes mais à frente, sem entrosamento, a não ser em um lance já quase no final do primeiro tempo.

O gol do Avaí, que teve muito mais a bola na primeira etapa e protagonizou lances de perigo, aconteceu após Pottker ser derrubado por Balbuena dentro da área. O defensor chegou atrasado e foi imprudente, com a marcação correta do pênalti, convertida por Bissoli. Foi o segundo erro do camisa 31 em dois jogos.




No intervalo, Vítor Pereira, enfim, arrumou um setor crucial, tirando Fábio Santos e colocando Yuri Alberto, abrindo Guedes pelo lado esquerdo e Mosquito pelo direito. É a formação mais simples e mais coerente, que mostrou resultado logo no primeiro minuto, quando o camisa 7 finalizou raspando a trave.

Yuri também fez pivôs, colocou Guedes à frente para fazer o gol (impedido), mudou a cara do jogo, assim como com a entrada de Renato Augusto, em ótima noite após 13 jogos fora por lesão no músculo solear.

Foi dos pés do camisa 8 que saiu a assistência para o gol de cabeça de Balbuena - de vilão a quase herói da noite - e também foi dele um belo chute de canhota que quase entrou na gaveta de Vladimir. Por outro lado, Fausto Vera não entrou bem.

Olhando pelo lado negativo, o Corinthians jogou dois tempos diferentes e poderia ter iniciado o segundo tempo precisando correr atrás de um resultado pior. Não há efetividade em jogadas construídas com bolas longas e nem em toques curtos passando pelo meio. Não havia ali, com a má fase de Giuliano, nenhuma criação.

Já pelo lado positivo, o treinador conseguiu testar formações diferentes em um mesmo jogo, dar minutagem a Renato Augusto e reintegrar Ramiro, além de entender onde foi que errou e onde foi que acertou. Nem sempre, porém, existe essa “sorte” - o Avaí também caiu bastante de rendimento na segunda etapa e só voltou a jogar nos acréscimos. E se Renato não estivesse à disposição ainda?

A sequência que se aproxima agora é a pior em toda a temporada, uma espécie de “vingança” do calendário às reclamações de Vítor Pereira desde que chegou. Flamengo, Palmeiras e Atlético-GO, duas decisões precisando reverter placar por 2 a 0 e um Derby em briga direta pelas primeiras posições do Brasileirão.

Muita coisa será decidida neste período, e os testes não devem ser realizados em momentos como esses. Fazer o simples, quase sempre, é o mais inteligente.

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