Colagrossi revela mais acordos fechados e explica novo modus operandi do Corinthians - Gazeta Esportiva
Colagrossi revela mais acordos fechados e explica novo modus operandi do Corinthians

Colagrossi revela mais acordos fechados e explica novo modus operandi do Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

26/01/2021 às 15:05

São Paulo, SP

José Colagrossi Neto assumiu áreas importantes do Corinthians no mandato do presidente Duilio Monteiro Alves. O superintendente é o responsável por inovar os departamentos de marketing e comunicação do clube.

Nesta segunda-feira, o profissional contratado pelo Corinthians falou sobre os acordos anunciados nesse primeiro mês, ainda incompleto, de trabalho. Por ora, a conclusão do acordo com a Neo Química é o ato mais comemorado.

"Foi uma engenharia de parceria que fizemos num momento econômico e sanitário complicado, de incertezas, não sabemos quando o público retornará, mesmo assim, em condições tão adversas, conseguimos, num curto espaço de tempo, a primeira meta, que era gerar um mínimo de R$ 25 milhões em 2021 de dinheiro absolutamente novo".

"O valor da camisa do Corinthians a partir de hoje cresceu em cerca de R$ 20 milhões. Houve um crescimento expressivo por conta disso".

Colagrossi também fez mistério, mas aproveitou para comunicar que um novo patrocinador será anunciado nos próximos dias.

"Nós estamos hoje anunciando novas parcerias com oito parceiros novos. A negociação segue com mais alguns, estamos fechando uma parceria com uma empresa de telefone celular que trará uma receita importante, a gente deve anunciar em uma semana, mas está fechado".

Quando questionado sobre o andamento das negociações com a Ale e com a Hapvida, empresas que têm vínculo com o clube apenas até abril e agosto deste ano, respectivamente, Colagrossi revelou que o clube quer vantagens aos torcedores para que as renovações sejam firmadas.

"São os dois mais próximos a vencer, já estamos em negociação com ambas, existe interesse de ambas as partes para que seja feito, mas, já disse antes, nossa filosofia é trazer parcerias comerciais que agreguem valor aos torcedores. Nesse processo com a Ale colocamos na mesa um programa de pontos e desconto na bomba de gasolina. Por que não permitir que o Fiel Torcedor possa ter um desconto na bomba. Acredito que nas próximas semanas vamos ter uma definição ou não da renovação. O interesse das marcas é renovar, a questão é acertar de acordo com a nova filosofia do presidente Duilio".

Veja outros trechos da entrevista coletiva de José Colagrossi Neto:


Prioridades do trabalho
"Uma prioridade: queremos parcerias de longo prazo. Patrocínio constrói marca depois de algum tempo. Nada mais nocivo do que essa rotação. Focamos em patrocínio de longo prazo".

"Segunda prioridade: patrocínios que agreguem valor aos torcedores e associados, que tenham produtos e serviços relevantes e benefícios mensuráveis. Essa com a Neo Química é isso, longo prazo e uma receita variável que vão beneficiar nossos torcedores e o clube através de uma receita adicional. Todos os torcedores têm muita curiosidade para detalhes, qual o valor, quantos anos, o que envolve... Nada mais natural. O torcedor tem todo direito de perguntar. Entretanto, nem sempre é possível divulgar todos os detalhes, porque muitas vezes as empresas parceiras patrocinam outros clubes. Pode prejudicar outras negociações. Sempre que possível nós iremos divulgar todos os dados. Não há o que esconder. Apenas seremos sempre limitados pelo parceiro, se não for do interesse dele".

Mesma empresa na camisa e na Arena
"Nós somos o primeiro clube das Américas a ter o mesmo patrocínio master e na Arena. Nos meus anos com marketing em Londres, estudei muito os benefícios de ter o mesmo parceiro na Arena e na camisa, a sinergia que isso traz é incrivel. Quando tem dois diferentes, sempre tem conflito. Abre um leque de opções de ativações digitais, promoções, competições entre torcedores, experiência de Arena, porque é a mesma empresa. Isso gera receita variável e permite que torcedor, como um todo, possa usar benefícios e prêmios. Hoje fazemos parte de um clube seleto, com Arsenal e Manchester City, que tem o mesmo patrocinador na camisa e na Arena"

Interatividade nas redes sociais
"Um dos compromissos sagrados de campanha era então colocar o torcedor no centro do ecossistema corintiano. Isso começa por ouvir o torcedor, escutar o torcedor, criar um diálogo. Essa minha interação nada mais é que o cumprimento de campanha. Já gerou muita coisa. Quem faz parte desse diálogo, sabe. A interação no Twitter, as ideias, críticas, já mudou nossa mídia social, já mudou a hora que a gente posta, já mudou por conta dessa interação. No fundo, a gente quer contar com a torcida para fazer uma gestão melhor, sempre num tom positivo, respeitoso. Há críticas, mas sempre no tom de respeito"

Peso da Libertadores
"Em curso, tem uma dezena de conversas. Todas foram intensas, momentos melhores e piores, mas nenhuma única vez a performance do time em campo foi discutida. Porque, acima de tudo, somos o Corinthians, o maior das Américas e um torcida que sempre chega junto, sempre apoia. O acordo com o Corinthians vai muito além de uma performance em campo. Envolve uma nação. Em nenhum momento houve essa preocupação, existe uma confiança na gestão do clube, no futebol, que vamos para frente e que vamos jogar a Libertadores ano que vem"

Negociações e comissões
"Não existe problema nenhum em pagar comissão à uma agencia, é legítimo, tradicional, existem algumas especializadas em trazer propostas em patrocínio, não existe nada de errado. Um dos contratos que foram renovados, a Potty, com aumento de 20%, veio através de agência".

"Nosso foco é sempre buscar, principalmente nos grandes acordos, como Brahma, Neo Química, BMG, acordos direto, onde o clube fique com 100% da receita. É um modo de aumentar receita sem trazer novos patrocinadores"

Camisa mais limpa
"Esse é o destino, mas tem uma longa jornada pela frente. Nossa meta principal é sanear o clube financeiramente. Existe uma dívida que sufoca a gente todo dia. Essa é a meta principal. Por isso, a ambição e o objetivo da camisa limpa vai ter de ser compromissada porque tenho contas a pagar. Se queremos uma camisa limpa, ninguém quer mais que essa diretoria. O que espero é que no terceiro ano dessa gestão tenha um número menor (de anunciantes na camisa). Para isso, temos de aumentar o valor das marcas que ficam".


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