Cássio nega cartilha, explica regras no Corinthians e brinca com repercussão - Gazeta Esportiva
Cássio nega cartilha, explica regras no Corinthians e brinca com repercussão

Cássio nega cartilha, explica regras no Corinthians e brinca com repercussão

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

21/02/2020 às 12:56 • Atualizado: 21/02/2020 às 14:04

São Paulo, SP

Cássio concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira para responder qualquer questão dos jornalistas presentes no CT Joaquim Grava, mas, principalmente para esclarecer o assunto sobre o eventual incômodo de parte do elenco do Corinthians com as novas regras impostas por Tiago Nunes.

Cássio é o atual capitão no Corinthians (Ag.Corinthians)


O ponto da matéria do globoesporte.com que mais gerou repercussão e comentários foi o fato de Cássio ter de permitir a saída dos jogadores da mesa após as refeições. O goleiro negou que tenha tal autoridade e até brincou com a situação.

"Já são meio-dia? Já é hora do almoço hein", disse, aos risos, logo depois da última questão. E mais cedo admitiu até ter recebido alguns memes. "Os amigos próximos me mandaram".

Mas, Cássio também falou sério. Desde 2012 no clube, o goleiro e capitão explicou que obviamente há regras a serem cumpridas, mas refutou qualquer problema no elenco por isso e bateu na tecla de que não há qualquer anormalidade no ambiente interno. O camisa 12 também garantiu que a questão sobre as refeições foi um pedido do próprio elenco.




Leia as principais repostas de Cássio sobre o tema:

"Não existe cartilha para ir dormir. Existe horário. Treinamos agora e vamos concentrar. Não tem horário para comer “meio-dia”, tem horário 6 horas da noite. Mas te mata ficar meia hora sem usar telefone ou ter o respeito? Vocês falam muito que o jogador mais novo tem que ter disciplina, é isso, tem que ter regras. Não podemos jantar às 19h e ficar sem celular, e ficar conversando? Todo mundo hoje em dia quer ficar no celular, no videogame, falo isso até na minha casa".

"Esse negócio do almoço vem do Flórida Cup. E nós (jogadores) que fomos falar. Quando todo mundo acabar a refeição, todos saem. É tipo um ‘todo mundo jantou? Beleza, vamos lá’. Não é ‘o Cássio tem que liberar’. Não sou eu que determino. É até engraçado, vou ficar olhando para o prato dos caras: "Já acabou, já acabou..".



“Tem regras, temos que comer todo junto, mas não sou eu que decido a hora, é a hora que terminam de comer. Nós jogadores que falamos com Tiago para a gente ter convívio, tem jogador chegando. Tem trote, tem risada. Fiquei um pouco chateado da maneira que foi colocado. Parece que é um exército, que estamos indo contra o que o treinador pede. Não foi legal o jeito que foi colocado”.

“É uma coisa pequena. Por isso o Corinthians é o maior do Brasil, um dos maiores do mundo. Em um time sem expressão não falariam disso, tentam achar uma situação. Estamos almoçando com horários pré-determinados, mas é normal”.

“Pergunta para o Caio (Ribeiro), para quem jogou fora do Brasil. Lá fora é uma regra. Na Holanda, uma vez cheguei cinco minutos atrasado no treino, cheguei 9h05, o treinador me falou que na outra semana eu tinha que chegar às 7h30. Mas temos total liberdade, têm crianças aqui, família, sempre unidos. Criaram algo que não existe".

"Quantas vezes eu esperava o mais velho entrar para eu escolher a cama, controle remoto? Não pegava. Ar-condicionado? Jamais. Essas regras são para ajudar o cara, para aprendizado. Estou sendo aberto. Já briguei com vocês, cresci, evoluí, tudo é aprendizado. Não vejo nada de incômodo ou insatisfação. Vemos o nível de comprometimento, o treino mostra o quanto você correu. Essa matéria gerou muito mais do que o necessário".



"Não é que fiquei bravo, é que falaram coisa que não existe, que tem que jantar todo mundo junto. Não sou só eu que libero, são os que estão mais tempo, existe uma hierarquia. Quando vamos falar de premiação, sou eu, Love, Gil... Não é porque tenho a tarja que eles não são mais capitães. Tem uma confiança de todos”.

"Em qualquer outro clube tem isso. Não pode esperar 20 minutos? É respeito. Comer junto. Em casa eu espero minha mulher sentar, é coisa do dia a dia, não sei se querem conturbar o ambiente com coisas tão pequenas. Acho bacana sentar com companheiro, jantar, fica meia hora ali. Tentar fazer polêmica ou matéria sobre isso... É pouca coisa, é tão pequeno".



"Até fiquei chateado, a matéria não fala se foi uma pessoa específica, de repente foi essa pessoa e não o grupo todo, fica uma situação chata, não está acontecendo. Tem regras sim, mas somos funcionários como qualquer pessoa. Não pode botar conflito com treinador, pois não existe. A gente confia que ele vai nos ajudar. Se tem de fazer algo, somos funcionários. Repercussão foi desnecessária".

“Acho que toda a repercussão foi desnecessária, se for pegar o que foi falado, acho que teve muita repercussão numa coisa desnecessária”.

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