O agendamento ocorreu após o relator do processo, Auditor Decio Neuhaus, receber a documentação solicitada para a CBF: relatório do VAR na partida contra o Palmeiras, bem como áudios e imagens. O Auditor abriu vista para Botafogo, Palmeiras e a Procuradoria terem acesso ao material recebido e destacou que não será permitido efetuar qualquer tipo de cópia dos documentos, áudio e vídeo. O relator acrescentou ainda que, no momento oportuno, será decidido sobre a liberação do material.
Entenda o caso:
O Presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, determinou que a partida entre Botafogo x Palmeiras tenha seu resultado temporariamente anulado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O clube Alvinegro alega erro de direito e pede a anulação do confronto, que será julgada pelo órgão.
Na tabela da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o Palmeiras é o líder do Brasileirão com 19 pontos ganhos, dois a mais que o vice Santos. Com a vitória sobre o Botafogo, porém, a vantagem para o Peixe seria de cinco pontos.
A equipe carioca se baseia na alegação de que a partida já havia sido reiniciada no momento em que o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior decidiu acatar a recomendação do VAR e ir ver no monitor o lance que culminou na marcação de pênalti em Deyverson e, por consequência, no único palestrino no jogo.
A regra 5 da FIFA e o protocolo 8.12 do VAR elucidam que a decisão do juiz de campo não pode ser alterada pelo vídeo após a bola ser recolocada em jogo. O procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, porém, ressaltou que, mesmo no caso de um erro de direito, será julgada a relevância do caso e, até mesmo o fato de o árbitro ter supostamente acertado na decisão será levado em conta.