Alegando que o Palmeiras perdeu o prazo para pleitear a impugnação, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) negou o pedido do Palmeiras sem julgar o mérito. Assim, com a finalidade de fazer com que o órgão estadual reveja sua posição, o clube entrou com um mandado de garantia no STJD, mas o julgamento nesta instância só ocorrerá após a esfera estadual.
O Palmeiras entende que houve interferência externa na arbitragem da final do Campeonato Paulista, vencida pelo Corinthians. O juiz Marcelo Aparecido marcou pênalti de Ralf sobre Dudu no segundo tempo, mas, oito minutos depois, voltou atrás.
Sem o julgamento do mérito do TJD-SP, o clube não pode levar a questão para instâncias superiores. Por isso, além de acionar o STJD com um mandado de garantia, o Palmeiras entrou com recurso no órgão presidido por Antônio Olim para tentar reverter a decisão inicial.
Maurício Galiotte está disposto a ir até as últimas consequências e cogita acionar até a Corta Arbitral do Esporte (CAS). Foi entregue ao TJD um material com imagens, análises da Kroll, uma empresa de investigação privada, e laudos do Instituto Brasileiro de Perícia. Além disso, o departamento jurídico alviverde baseou-se em uma decisão precedente da Fifa para anular uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006 e a análise dos conflitantes depoimentos dos árbitros daquele Dérbi, que podem, inclusive, gerar uma investigação policial.