MP-RJ pede o afastamento da alta cúpula da CBF por assembleia - Gazeta Esportiva
MP-RJ pede o afastamento da alta cúpula da CBF por assembleia

MP-RJ pede o afastamento da alta cúpula da CBF por assembleia

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/07/2017 às 18:29 • Atualizado: 24/07/2017 às 18:30

São Paulo, SP

O Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou nesta segunda-feira o afastamento da alta cúpula da CBF alegando irregularidades. Através do procurador Rodrigo Terra, o órgão também planeja anular as deliberações de uma assembleia que aconteceu no último dia 23 de março, na qual federações estaduais e a entidade que regula o futebol brasileiro trataram de assuntos eleitorais e não convocaram os clubes.

Marco Polo Del Nero pode ver seu ciclo à frente da CBF chegar ao fim (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


A ação requer o afastamento imediato do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, e os vice-presidentes da entidade. Segundo o MP-RJ, a convocação dos clubes que compõem a primeira e segunda divisões do Campeonato Brasileiro era obrigatória para a assembleia, uma vez que não foram apenas assuntos administrativos acordados na reunião.

O principal impacto do encontro de março deste ano foi o aumento do peso dos votos das federações. Inicialmente, o colegiado eleitoral era composto pelas 27 federações estaduais e os 20 clubes da Série A do Brasileirão. A inserção dos outros 20 clubes que disputam a Série B faria com que as equipes tivessem mais autoridade no rumo do futebol do país, entretanto, a CBF realizou uma manobra para evitar isso.

Acordado na assembleia, o voto das federações agora possui peso três, o dos clubes da Série A tem peso dois e o dos clubes da Série B tem peso um. Se inicialmente as agremiações seriam maioria em uma eleição – 40 contra 27 -, a CBF tratou de se organizar para que na somatória as federações continuassem levando vantagem. No atual sistema, as federações têm 81 votos, contra 60 dos clubes.

Ainda assim, a manobra realizada pela CBF é permitida, de acordo com o art. 22, parágrafo primeiro, da Lei Pelé. Porém, para que o peso dos votos seja alterado, é preciso a presença de todos os representantes dos clubes das Séries A e B do Brasileirão. Em sua defesa, a Confederação Brasileira de Futebol alegou que nenhum clube se mostrou contra a decisão, entretanto, o MP-RJ não aceitou a justificativa.

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