O retorno do PlayFC Paz nas Escolas às quadras do PlayBall Pompeia foi recheado de muita emoção nos primeiros embates do domingo. Mas muita emoção mesmo! Jogos decididos no último minuto, nos pênaltis, nos chutões, nas jogadas bem tramadas, cabeceios despretensiosos, faltas, e até jogos que a torcida achou que estava decidido. Enfim, aconteceu de tudo.
Se encaixa perfeitamente no último exemplo o jogo que colocou frente a frente os dois times do Santo Américo, o “A” e o “B”, ou azul e o branco, categoria 13-14 anos masculino. O azul saiu ganhando até com certa folga o primeiro tempo por 2 x 0. Voltaram meio sonolentos para a segunda etapa, e assim conseguiram levar o jogo até quase a metade do tempo, quando tomaram o primeiro gol. Ficaram espertos e aí resolveram tentar jogar, mas o jogo não saia. Muitos chutões, bolas mascadas e nenhum domínio no jogo.
Já no finzinho da partida, falta no campo de defesa para o Santo Américo branco. A instrução era jogar na área, e Brandão, um leão na defesa do seu time, fez o combinado. A bola passou dos zagueiros, dos atacantes e também do goleiro, igualando o placar. Festa de metade do colégio e decisão nos pênaltis. Os pais do lado de fora estavam a ponto de entrar em campo, tal era o nervosismo. Os pênaltis começaram sem surpresas, com bola na rede. Até os goleiros converteram suas cobranças.
Foi aí que o herói do jogo até aquele momento para o time branco, Brandão foi cobrar e o goleiro Rodrigo pegou. Brandão foi às lágrimas, deitou, se desesperou e jamais imaginava que aquele sofrimento estava longe de acabar. Na cobrança seguinte, o goleiro Thiago defendeu também e empatou mais uma vez as cobranças. Brandão levantou na hora e foi abraçar os companheiros. E foi assim até a cobrança derradeira, quando o Santo Américo azul venceu e foi pra galera. Se durante as cobranças as lágrimas corriam no rosto dos atletas, depois não era necessário dizer.
O jogo foi tão alta voltagem, que era impossível descrevê-lo em apenas algumas linhas. O restante das partidas você ficará sabendo como foi nos próximos boletins sobre o PlayFC Paz nas Escolas.
Jogos para testar os cardíacos abriram o domingo de Paz nas Escolas
Continuando nosso giro pelos jogos do domingo no PlayFC Paz nas Escolas, em outra partida bastante aguardada pelo torcedor que acompanha o campeonato, o Tecla bateu o 14 de Julho por 6 x 4, na categoria 15 – 17 anos masculino. Mas o que não faltou foi emoção, viradas históricas e um herói. Logo com 10 segundos de jogo, Igor abriu o placar para o Tecla, que depois disso passou a esperar o adversário. Esperou tanto que sofreu o empate pouco depois.
O Tecla voltou a jogar após o gol sofrido e fez 3 x 2 antes do término da primeira etapa. Após o intervalo o 14 de Julho, que não fez uma grande partida, voltou melhor e não demorou para que empatasse o marcador. Se empolgou com o incentivo da torcida e virou para 4 x 3. Mas o camisa 10 do Tecla estava impossível, e não deixou o time vermelho se manter na frente do marcador. Igor fez mais três gols e classificou o colégio para a próxima fase. Com cinco gols, Igor foi o artilheiro e considerado o melhor da partida. Na outra partida pela mesma categoria, o Santa Paula não tomou conhecimento do Paschoal Dantas e fez 5 x 1.
A goleada do dia ficou por conta do Beit Yaacov, categoria 13 – 14 anos masculino, que encarou o Caritas e mandou um sonoro 10 x 1. Thomas (3), Rafael (3), Rodrigo (2) e Fred (2) foram os artilheiros do jogo. Lucas Moura anotou o de honra para o Caritas. Nos outros jogos da mesma categoria, o Pentágono fez 3 x 2 no Saint Germain e garantiu classificação para a próxima fase.
No último jogo da manhã na categoria 13-14, o Nicolau Kerpen, que havia se classificado de maneira heroica nas oitavas, não foi páreo para o Palmares e tomou um 4 x 1. Em jogo que terminou agora a pouco, também 13 – 14 anos, o Santa Bárbara Pirituba bateu o Mackenzie por 5 x 0. Cayke e Matheus foram os artilheiros da partida, sendo que o primeiro foi considerado o craque do embate.
Na categoria 9-10 anos masculino, dois placares iguais. O Pentágono bateu o Caritas por 4 x 0, e o Beit Yacov fez o mesmo placar no Bom Retiro. A curiosidade dessa partida é que o melhor jogador do confronto foi o goleiro Luís Henrique, do Bom Retiro. Fez milagres, incentivou, jogou junto com a equipe e tentou levar sua escola adiante, mas não conseguiu. Parabéns pra ele!
Não importa se profissional ou amador, clássico é sempre bom
Jogo clássico é aquele que coloca frente a frente duas equipes de grande porte, história e torcida. E quando a imprensa noticia que vai haver um clássico, as torcidas se inflamam, os ingressos se esgotam rapidamente e todos os holofotes se viram a para o encontro entre as duas equipes. Haja paciência para ver durante a semana os números do confronto, últimos embates, melhores jogadores da história do confronto, quem é freguês de quem e por aí vai.
No PlayFC Paz nas Escolas deste domingo só teve clássico, mais pelos bons times que se cruzaram, do que pela história e tradição dos colégios. Um grande jogo, onde o resultado acabou não refletindo o nível das equipes, foi Amorim Tatuapé contra o Sagrado Coração de Jesus. O Amorim, certamente um dos times postulantes ao título, goleou por 8 x 3, acabando com a alegria do então invicto Sagrado. Mas podemos chamar o jogo de clássico, pois eram duas agremiações que vinham fazendo boas campanhas.
Assim como no PlayFC Paz nas Escolas, o mundo do futebol possui alguns de seus principais jogos, chamados de clássicos pela capacidade de atração que exercem. E por diversos motivos. Celtic e Rangers, da Escócia, é considerado o maior ódio recíproco do mundo. Isso porque as duas torcidas defendem lados opostos na questão político-religiosa. Os Rangers são adeptos do anglicanismo, enquanto os seguidores do Celtic são católicos fervorosos.
Na Itália, Roma e Lazio pode não ser o maior da bota, mas é um dos mais acirrados. Também chamado de Derby della Capitale, os torcedores se odeiam por conta da origem social deles, os laziali, mais favorecidos, e os romanistas, parte do proletariado simples da região. Não é difícil encontrar acusações e cânticos racistas, nazistas e fascistas vindas de ambos os lados.
Na Argentina, Boca e River é um capítulo a parte na história do país. A rivalidade surgiu da disputa pelo poder no bairro de La Boca, onde ambos foram fundados. Com a vitória boquense, os riverplatenses foram para Belgrano, bairro considerado nobre e que deu início à grande rivalidade. Em campeonatos argentinos, a vantagem é do River, mas em torneios internacionais, como a Libertadores, por exemplo, o Boca tem 6 enquanto seu rival, 3.
No Brasil, o principal clássico a ser disputado nos campeonatos nacionais é Corinthians e Palmeiras. Já nos estaduais, entre os maiores estão: Flamengo e Vasco no Rio de Janeiro; Cruzeiro e Atlético em Minas Gerais; Grêmio e Inter no Sul; Como diria Jardel, antigo jogador do Grêmio, “clássico é clássico e vice-versa”.
Elas também têm vez no Paz nas Escolas
Falamos muito sobre os jogos masculinos, mas o PlayFC Paz nas Escolas também tem as categorias femininas, muito mais lindas e belas. E com a mesma emoção dos marmanjos. Como os jogos tiveram início apenas na parte da tarde, aí vão alguns resultados das categorias em disputa.
Na 11-14 anos o Santa Cruz “B”, um dos candidatos ao título, fez a sua parte e atropelou o 14 de Julho por 5 x 1. Artilheira do jogo foi a camisa 14 do vencedor, Marina Lucchese, com dois tentos anotados. No outro jogo da mesma categoria, resultado apertado para um jogo com fortes emoções até o final. O Notre Dame bateu o Colégio Integrado Global por 1 x 0, com gol da atleta Manoela Dornelles, camisa 15 da equipe.
Na categoria 15 – 17 anos, o favoritíssimo Pentágono encarou o Novo Espaço e ganhou por 3 x 1. Os gols do time foram marcados Ana Beatriz, também considerada a melhor da partida, Giovana e Camila. Beatriz descontou para o Novo Espaço. Já no outro jogo da categoria, não houve tranquilidade para nenhuma das equipes, o sofrimento se estendeu até o final da partida.
Palmares e João XXIII se enfrentaram com um pouquinho de favoritismo para o primeiro, que acabou não se confirmando durante a partida. A equipe do João XXIII marcava direitinho e estancava as descidas do Palmares, sempre bem armado e com muita posse de bola. As chances foram aparecendo para os dois lados, mas nada de gol.
Se não resolve no tempo normal, vamos para a disputa alternada de pênaltis. Mais sofrimento para os dois times, já exaustos pelo esforço sob calor intenso. Mas quem achou que poderia surgir uma das primeiras zebras do domingo, se enganou. Palmares converteu as três cobranças, enquanto que o João XXIII fez apenas uma e deu adeus à competição.
