Rodolpho Toski Marques, o árbitro que revoltou o Fluminense nas oitavas de final da Copa do Brasil, trabalhará novamente em Itaquera na noite desta quarta-feira, na partida entre Corinthians e Atlético-MG. Na véspera do reencontro, o presidente Roberto de Andrade voltou a evitar polêmica em torno do assunto, apesar de a sua equipe ter se sentido prejudicada no Campeonato Brasileiro após as manifestações indignadas de jogadores, técnico e dirigentes do clube carioca.
“Houve erros de arbitragem só nesses nossos últimos três jogos? Essas coisas acontecem desde que existe futebol. O choro – ou, melhor dizendo, a reclamação – cabe aos adversários, não a nós. Sempre que o placar é adverso, eles reclamam”, minimizou o mandatário corintiano, falando especificamente do duelo com o Fluminense em seguida. “Havia impedimento nos três gols que eles reclamaram (o protesto se estendeu também a pênaltis não marcados). Após centenas de vezes assistindo pela televisão, todo o mundo chegou à mesma conclusão. Então, não tenho o que falar. Não me cabe ficar rebatendo Fluminense e Cruzeiro (que também chiou em Itaquera, pelas quartas de final da Copa do Brasil). Isso é problemas deles. Por coincidência, os dois reclamaram com o placar adverso.”
Alguns atletas do Corinthians também “reclamaram com o placar adverso” recentemente, porém sem tanta veemência. A equipe viu irregularidades no gol que definiu o triunfo por 1 a 0 do mesmo Fluminense, de volta a Itaquera pelo Campeonato Brasileiro, e no primeiro anotado pelo Botafogo, vitorioso por 2 a 0 diante dos corintianos no sábado, na Ilha do Governador.
Roberto de Andrade, no entanto, não quer mudar de postura e também se queixar. “Se a gente ficar falando de arbitragem, só vamos falar disso. Acontecem erros em meia dúzia de jogos por rodada, para não falar em quase todos. Um erro de um lateral invertido também é um erro. Esse é um assunto desgastante, desrespeitoso para com o profissional que está trabalhando na partida. Reclamar não é do meu feitio”, insistiu.
O presidente do Corinthians ainda garantiu que sabe como se manifestar quando julga necessário. “Se existe reclamação, faço no lugar certo, na CBF. Não é reclamando nos microfones que vou conseguir alguma coisa”, bradou Roberto de Andrade, encerrando a conversa um dia antes de rever o árbitro Rodolpho Toski Marques.
