Acusado de fraude, diretor da Conmebol deve depor em dez dias - Gazeta Esportiva
Acusado de fraude, diretor da Conmebol deve depor em dez dias

Acusado de fraude, diretor da Conmebol deve depor em dez dias

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/03/2016 às 11:45

São Paulo, SP

Villar deve se apresentar à Justiça uruguaia para esclarecer polêmica com clubes (Foto:Divulgação)
Villar deve se apresentar à Justiça uruguaia para esclarecer polêmica com clubes (Foto:Divulgação)


Investigado por uma série de fraudes relacionadas a direitos de transmissão de eventos esportivos na América do Sul, Gorka Villar, diretor geral da Conmebol, deve comparecer ao Tribunal de Montevidéu nos próximos dez dias.

A informação do uruguaio El Diario aponta que Hernán Galeano, policial que atua na unidade especializada em lavagem de dinheiro, recomendou que Villar fosse ao tribunal especializado em crimes organizados da capital uruguaia para prestar esclarecimentos.

Filho de Ángel Maria Villar, ex-presidente da Federação Espanhola e à frente da Uefa desde o banimento de Michel Platini, Gorka Villar foi acusado, inclusive por Eugenio Figueiredo, ex-presidente da Conmebol, de se beneficiar do respaldo da Fifa para não dar atenção às demandas dos clubes uruguaios.

Incomodados com o esquema fraudulento que vinha se firmando nos últimos anos, alguns clubes uruguaios e agentes de futebol se uniram para exigir da Associação Uruguaia de Futebol uma medida coercitiva. No entanto, a Fifa chegou a ameaçar os clubes caso tentassem forçar alguma ação.

Marco Villiger, diretor de serviços legais da Fifa, enviou uma carta a Villar há algum tempo garantindo apoio. “Quisemos fazer constar que a iniciação de procedimentos judiciais a fim de forçar determinados órgãos a praticar ou coibir uma ação constitui uma infração dos regulamentos da Conmebol”, declarou o representante da Fifa.

No fim de 2015, Villar foi alvo de uma matéria do diário paraguaio ABC em que era acusado de levar cerca de 525 mil dólares (cerca de R$1,8 mi) à Espanha em nome da Conmebol. A “licença” provisória aconteceu bem no momento em que a entidade era investigada nos casos de corrupção envolvendo a Fifa e Villar citado na Justiça uruguaia por coagir clubes.

O esquema de desvio de verbas no futebol sul-americano foi desvendado na esteira das investigações que encobrem a Fifa desde maio de 2015. De acordo com o sistema, chefes do futebol latino recebiam propinas em troca de facilidades na comercialização de direitos de transmissão de competições com empresas de marketing esportivo.

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