Irritado com desatenção, Marcelo Oliveira lamenta ausências de volantes - Gazeta Esportiva
Irritado com desatenção, Marcelo Oliveira lamenta ausências de volantes

Irritado com desatenção, Marcelo Oliveira lamenta ausências de volantes

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero, especial para a GE.Net

24/10/2015 às 11:00

São Paulo, SP

Marcelo Oliveira não escondeu a irritação pelas insistentes falhas de sua equipe em jogadas de bola parada (Foto: Cesar Greco/ Agência Palmeiras/ Divulgação)
Marcelo Oliveira não escondeu a irritação pelas insistentes falhas de sua equipe em jogadas de bola parada (Foto: Cesar Greco/ Agência Palmeiras/ Divulgação)


Marcelo Oliveira admitiu estar irritado com a persistente desatenção do sistema defensivo do Palmeiras em jogadas de bola parada. Os dois gols sofridos na derrota para o Fluminense, por 2 a 1, na última quarta-feira, pela ida da semifinal da Copa do Brasil, nasceram de um escanteio e de uma falta. Segundo o técnico, falta de treino não é.

No primeiro gol tricolor, Fred subiu sozinho após cobrança de escanteio para cabecear e obrigar Fernando Prass a fazer bela defesa, porém Lucas não acompanhou o rebote de Marcos Junior, que abriu o placar. O segundo gerou ainda mais polêmica. Vinícius cobrou falta pela esquerda, rolando para Gustavo Scarpa, que, sem a marcação de Dudu, chutou cruzado para Gum desviar para o fundo da rede. O lance provocou uma discussão entre o camisa 7 palmeirense e Allione.

“Ainda não temos um time base, que já entra em campo sabendo o que tem de fazer, porque está mudando muito. Nos gols do Fluminense é desatenção, isso foi treinado. Treinamos bola parada, marcação individual, quem fica no rebote não pode deixar o adversário entrar na área livre. Foi avisado pelo Prass, por mim. Ali precisava uma voz de comando, para não deixar entrar livre. Às vezes é erro individual”, explicou o treinador durante entrevista coletiva na última sexta-feira, na Academia de Futebol.

Além da desatenção, o Palmeiras tem sentido a falta de alguns de seus pilares. O volante Gabriel operou o joelho esquerdo em agosto e só volta em 2016, enquanto Arouca segue em tratamento para se recuperar de um deslocamento de músculo na região do joelho direito e pode retornar em uma eventual final de Copa do Brasil. Amaral, Thiago Santos e Andrei Girotto vêm sofrendo para substituir à altura os dois lesionados. Além disso, Robinho e Cleiton Xavier estão em fase de recondicionamento físico. Os dois deverão voltar ao time na quarta-feira, pelo jogo de volta contra o Fluminense, no Palestra Itália.

“Um time, para marcar bem, passa muito pela ação dos volantes. São protetores da defesa. Mas estamos levando um tipo de gol que me irrita muito. O Fluminense pouco chegava, apesar de estar sempre com a bola, e levamos um gol de escanteio, bola parada. Temos marcação individual, precisa estar junto e não permitir o cabeceio com facilidade. E o segundo gol com desatenção”, avaliou Oliveira, que prosseguiu.

“Nós não estamos jogando com Gabriel e Arouca, que jogam e marcam, nem Robinho e Cleiton Xavier. Estamos buscando uma solução, mas as características são diferentes. Se você tirar dos três primeiros colocados do Brasileiro quatro jogadores do meio de campo você vai ver que modifica completamente o tipo de jogo. E essa tem sido nossa dificuldade”, concluiu seu pensamento.

Para às 21 horas (de Brasília) deste sábado, contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador alviverde deve repetir a receita que deu certo diante do Avaí, há uma semana, e mandar seus reservas a campo devido ao duelo de volta contra o Fluminense, na quarta-feira. Dessa forma, o zagueiro Leandro Almeida, o volante Thiago Santos, e o atacante Alecsandro, todos impedidos de jogar a Copa do Brasil por já terem atuado por outras equipes, devem começar a partida entre os titulares. Nomes pouco aproveitados, como o do atacante Mouche e dos laterais João Pedro e João Paulo, também devem ser utilizados.

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