Após figurar no banco de reservas na estreia das Eliminatórias, mas ser a primeira alternativa de Tata Martino diante da lesão de Aguero ainda na etapa inicial, Carlos Tevez admitiu, em entrevista, que não quer criar polêmica com o treinador, mas que prefere jogar no setor de ataque de forma mais recuada, e não fixo como admitiu experimentar Martino há alguns dias. Contra o Paraguai, na terça, é possível que o atacante comece entre os 11 titulares.
“Vão dizer que não concordo com Tata... Mas todos sabem que me sinto muito mais à vontade jogando como segundo atacante”, admitiu Tevez, apesar de dar razão à ideia de Martino. “Quando comecei com a seleção jogava de 9. Com Bielsa eu sempre era o 9. E é verdade o que disse Tata, foi ali que rendi melhor. Também fiz isso com Bianchi e foram meus melhores anos, mas atualmente prefiro jogar um pouco mais atrás”, completou.
Parecendo mais sério do que no Boca Juniors ao conceder entrevista, Tevez admitiu uma atmosfera diferente por defender a seleção e relatou as dificuldades para alternar o estilo de jogo do clube para o da Argentina. “Nem eu sei porque não dou risada que nem no Boca. Faz muito tempo que não vestia a camisa da seleção e ter voltado me deu um choque grande. Acredito que a medida que os jogos aconteçam, eu vou me sentir melhor. Não é fácil jogar no seu clube de armador e vir à seleção para fazer o papel de referência”, declarou.
Classificando a derrota para o Equador em Buenos Aires como a pior partida da seleção argentina desde que Tata Martino assumiu o cargo, Tevez reforça que a ausência de Messi é um incentivo a mais para o grupo, em termos coletivos, provar seu valor e negar a proclamada dependência com relação à figura do camisa 10. “Messi é um plus, é o melhor do mundo. Temos que mostrar para que essa equipe está aqui. É claro que nos faz falta, mas temos que tentar substitui-lo para que a ausência não seja sentida”, falou.
Recentemente, o nome de Carlos Tevez começou a ventilar na imprensa brasileira como possível contratação do Corinthians para 2016. Informações da imprensa argentina dão conta que, depois de todo um esquema financeiro especial para sua chegada, a relação entre o presidente Daniel Angelici e o atacante não é das melhores, e ainda é agravada pelo atraso salarial, que compromete o orçamento mensal de Tevez em R$ 800 mil, gasto semelhante ao que o Timão tem com Alexandre Pato.
