No meio, Dudu festeja por não ter mais que "correr atrás de lateral"
Por Theo Chacon, especial para a GE.net
10/10/2015 às 08:00
São Paulo, SP
Após se destacar pelo Grêmio, em 2014, atuando pelas beiradas do campo, Dudu chegou ao Palmeiras, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, mantido na ponta esquerda do ataque. A opção veloz pelo lado, que desafogava o time nos momentos de aperto, começou a ser manjada pelos adversários. A partir da mudança no comando técnico, no entanto, Dudu ficou mais livre para atuar em mais de uma posição do meio para frente.
Com Marcelo Oliveira, o camisa 7 se acostumou a rondar pelos lados do ataque, mas passou a ocupar um maior espaço pelo meio do campo, onde encontra liberdade para armar as jogadas e abastecer os companheiros de ataque. A nova posição, além de oferecer um campo maior de movimentação a Dudu, isenta-o de acompanhar, invariavelmente, os laterais na marcação.
“Ele (Marcelo Oliveira) me testou como meia e, graças a Deus, deu certo. Agora não tenho que correr tanto atrás do lateral, o que cansa um pouco. Quando pego a bola na frente, agora tenho mais fôlego e mais perna para fazer as jogadas. Antes, corria muito atrás do lateral e quando chegava na frente não tinha perna”, disse o atleta, que teve notável crescimento em termos de participação nos jogos desde que passou a atuar de forma mais centralizada.
O protagonismo de Dudu, inclusive, é refletido em números. Com o “gol de honra” do Palmeiras na goleada sofrida para a Chapecoense, Dudu chegou ao sétimo no Campeonato Brasileiro e igualou Rafael Marques como artilheiro do time na competição. São sete gols em 22 jogos no nacional; 11 bolas na rede em 46 jogos no ano.
“Pude fazer uma boa temporada pelo Grêmio, mas não fiz muitos gols. Neste ano, eu estou fazendo mais, e espero fazer mais ainda. Temos mais jogos e quero ajudar o Palmeiras no objetivo dele. Depois que o Marcelo chegou, eu estou jogando mais próximo do ataque”, valorizou. “Temos tudo para nos acertar nesse restante de jogos”, completou, confiante que o Palmeiras briga nas duas frentes em disputa – G4 do Brasileiro e semifinais da Copa do Brasil.
Admitindo que a mudança de postura partiu dele mesmo, após conversa com a comissão técnica, Dudu se mostrou seguro com relação à qualidade do elenco na busca por substitutos para os lesionados Arouca, que ficará afastado dos campos por um mês, e Gabriel, com a recuperação plena da cirurgia no joelho prevista só para 2016.
“O Arouca é muito importante pra gente, assim como o Gabriel era. Nosso elenco tem jogadores que podem substitui-los muito bem, o Thiago (Santos) já está dando conta do recado. Esperamos que na quarta, quem seja eleito para jogar no meio possa dar o melhor”, disse o atacante, liberado para servir ao Palmeiras contra a Ponte Preta após ficar quatro jogos sem atuar no Brasileiro por suspensão.