Marin deve pagar R$ 40 mi por acordo de prisão domiciliar nos EUA - Gazeta Esportiva
Marin deve pagar R$ 40 mi por acordo de prisão domiciliar nos EUA

Marin deve pagar R$ 40 mi por acordo de prisão domiciliar nos EUA

Gazeta Esportiva

Por Redação

30/09/2015 às 09:26 • Atualizado: 30/09/2015 às 16:46

São Paulo, SP

Marin discute condições da extradição com advogados; decisão ainda deve sair (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Marin discute condições da extradição com advogados; decisão ainda deve sair (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


No último domingo, dia 27, completaram-se quatro meses que José Maria Marin foi preso em Zurique, capital da Suíça, numa operação conjunta que reuniu forças do FBI e da polícia local, e deteve outros seis dirigentes ligados à Fifa e acusados de corrupção no escândalo que envolveu a entidade. Na última terça, no entanto, o ex-presidente da CBF parece ter costurado um acordo para ir aos Estados Unidos em ‘segurança’, de acordo com reportagem do Estado de S. Paulo.

Num encontro com advogados norte-americanos, Marin arquitetou sua transferência mediante pagamento de uma fiança volumosa, na casa dos R$ 40 milhões, para ficar em prisão domiciliar em seu apartamento no 41º andar da Trump Tower, conglomerado de apartamentos construídos por Donald Trump, empresário pré-candidato à presidência dos Estados Unidos. O prédio fica na icônica 5ª Avenida de Nova York, próximo ao Central Park.

De acordo com sites imobiliários dos Estados Unidos, um apartamento na torre espelhada vale 2,5 milhões de dólares (cerca de R$ 10 milhões à cotação atual). Próximo a um dos maiores cartões postais de Manhattan, o prédio também tem como vizinhas lojas como Armani, Louis Vuitton, Apple e Prada. No piso térreo do prédio, estandes da joalheria Tiffany e da marca Gucci estampam produtos e ofertas.



Apesar de tantas atrações, a partir do acordo, Marin teria um raio de deslocamento restrito ao redor da Trump Tower. Um retorno ao Brasil é considerado improvável, já que é a Justiça norte-americana quem investiga os pagamentos de propina por benefícios em direitos de marketing e transmissão para Copa do Brasil e Copa América, competições nas quais é acusado de participar dos esquemas de favorecimento.

Depois de a procuradora-geral Loretta Lynch admitir, há cerca de três semanas, que o sistema de inteligência estadunidense continuará atuando fortemente para punir os responsáveis pelos delitos, o governo suíço também deu mostras que deve cooperar na extradição. Na última terça, mesmo dia em que a Fifa anunciou o banimento de Jack Warner, Eduardo Li, ex-presidente da Federação Costarriquenha, foi extraditado também por receptação de propina.

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