TV alemã denuncia possível doping de Roberto Carlos em 2002 - Gazeta Esportiva
TV alemã denuncia possível doping de Roberto Carlos em 2002

TV alemã denuncia possível doping de Roberto Carlos em 2002

Gazeta Esportiva

Por Redação

10/06/2017 às 18:03

São Paulo, SP

Roberto Carlos teria sido um dos pacientes de médico que dopava atletas, diz documentário (Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press)


Um documentário produzido pela TV alemã ARD/WDR pode atingir em cheio o esporte brasileiro. Responsável por revelar um esquema de dopagem no atletismo russo três anos atrás, a emissora agora sugere que atletas brasileiros vêm se beneficiando de substâncias ilícitas. O ex-lateral Roberto Carlos, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, inclusive, seria um dos envolvidos.

No documentário, o médico Júlio César Alves é filmado afirmando que tratou Roberto Carlos desde seus 15 anos, colaborando para o fortalecimento das coxas do ex-jogador, conhecido pelo potente chute com a perna esquerda e vigor físico.

Titular absoluto na campanha do pentacampeonato, Roberto Carlos teria sido visto por uma testemunha na clínica de Júlio César em julho de 2002, um mês depois da conquista do título mundial.

O profissional ainda teria ensinado seus pacientes a driblar os exames antidoping. A dica era não tomar os medicamentos receitados 15 dias antes de competirem. O médico ainda revela um dossiê com mais de 200 páginas, no qual contém o nome de Roberto Carlos.

Ainda de acordo com o documentário, o médico se orgulhava da extensa lista de atletas de alto nível que tinha como seus clientes. A emissora alemã diz que Roberto Carlos não quis se pronunciar sobre as denúncias.

Segundo o jornal Estadão, a ex-fundista brasileira Eliane Pereira, flagrada em exame antidoping em 2011, é entrevistada no documentário. Ela alega que usava as substâncias receitadas por Júlio César sem saber de sua proibição. A atleta teria visitado a clínica do médico e visto uma “grande estrela do Brasil”.

Jornalistas que trabalharam na produção do documentário afirmam que visitaram uma fábrica de anabolizantes no Paraguai e que o futebol brasileiro era o seu principal cliente. A reportagem ainda informa que a Wada (Agência Mundial Antidoping) monitora a situação no País.

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